Após ter concluído o seu curso em Literatura Francesa, em 1959, começou a escrever sobre a sua infância, quando a II Guerra Mundial povoava a sua mente de horror e excitação. Os seus primeiros trabalhos expressaram a degredação e desorientação causadas pela rendição do Japão no final do conflito militar.
Kenzaburo quis experimentar com a linguagem, criar uma nova forma de expressão literária, uma forma que retratasse as mudanças sociais e psicológicas sofridas pelo Japão, enquanto lutava com as limitações pessoais de um homem novo e tímido, oriundo do campo, que gaguejava e falava com forte sotaque rural.
O autor, que lidou com frequência com marginais e individuos rejeitados pela sociedade, fez dessa experiência um dos temas mais presentes nas suas obras. Outro dos seus temas centrais, partilhado com outros escritores japoneses, foi o conflito entre a tradição e a nova moderna cultura ocidental.
Galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1994, o júri qualificou Kenzaburo Oe como “aquele que com força poética cria um mundo imaginário, onde vida e mito se condensam para formar uma imagem desconcertante da condição humana de hoje.”
Falamos de Kenzaburo Oe quando festeja o seu 77.º aniversário.
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