Sábado, dia 21-Out, às 16:00, na Livraria Ferin (Rua Nova do Almada, em Lisboa)
Osvaldo Énio, natural de Angola e descendente dos colonos madeirenses que fundaram o Lubango, de onde regressou após a descolonização, traz-nos, neste seu novo livro intitulado “A Margem do Rio”, uma ficção passional intensa, vivida naquela região e característica do ambiente social de então, marcado por arreigados e atávicos comportamentos racistas e xenófobos e culminando com as dramáticas consequências que a guerra civil inflige às personagens.
A sessão contará com a participação de Pereira Monteiro e D. Roberto da Silveira (III Vice-rei de Maconge).
Clique na imagem para antever o livro e conhecer o autor

Sinopse
Entre o Marcos e a Nela, ele um orgulhoso kuanhama, recolhido pelo chefe de posto após a destruição da sua sanzala e consequente morte dos familiares, e a Nela, uma bonita moça branca, nasce desde os tempos da escola um relacionamento amoroso que o tempo vai solidificando até chegarem ao casamento que torna felizes todos os familiares. Da parte de alguns colegas do liceu são alvo de diatribes e comentários soezes que mais reforçam a paixão que os abraça. Todavia o Lubango sempre foi uma região onde a cor da pele não servia de caminho para as diferenças e a miscigenação servia de exemplo.
Na vizinha vila da Humpata, onde se haviam refugiado muitas famílias bóeres fugidas do Sudoeste Africano, antes da chegada dos colonos madeirenses, com arreigados e atávicos comportamentos racistas e xenófobos, o Johne, filho duma dessas famílias, vive um intenso amor com a Minda, uma sensual negra, filha dum funcionário da terra, mas rejeitado por ambas as famílias. Para viverem em plenitude esse amor são compelidos a abandonarem a casa materna e vão viver para uma fazenda de sisal, no Cubal, onde foi oferecido um emprego ao Johne.
O Marco e a Nela, sempre dedicados ao estudo, completam a licenciatura com classificações de elevado valor. Mercê da sua dedicação e méritos o futuro brilhou para todos esses enamorados, até que uma descolonização abstrusa, iníqua e negligente tudo vem desmoronar. A insegurança vive-se em todo o lado. A luta entre os movimentos independentistas tudo destrói e ceifa vidas inocentes. Assim seguem caminhos diferentes, que anos mais tarde se cruzam na chamada Metrópole, onde voltam a viver os tempos passados, e que a saudade vem guardando ciosamente.
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