Arquivo de Janeiro, 2011

Fernando Namora

Poema de Amor

«Se te pedirem, amor, se te pedirem
que contes a velha história
da nau que partiu
e se perdeu,
não contes, amor, não contes
que o mar és tu
e a nau sou eu.

E se pedirem, amor, e se pedirem
que contes a velha fábula
do lobo que matou o cordeiro
e lhe roeu as entranhas,
não contes, amor, não contes
que o lobo é a minha carne
e o cordeiro a minha estrela
que sempre tu conheceste
e te guiou — mal ou bem.

Depois, sabes, estou enjoado
desta farsa.
Histórias, fábulas, amores
tudo me corre os ouvidos
a fugir.

Sou o guerreiro sem forças
para erguer a sua espada,
sou o piloto do barco
que a tempestade afundou.

Não contes, amor, não contes
que eu tenho a alma sem luz.

…Quero-me só, a sofrer e arrastar
a minha cruz.»

Fernando Namora

Fernando Namora

Foi poeta do ”Novo Cancioneiro”, tendo, nos seus primeiros livros de ficção, partilhado das ideias do Neo-realismo. Mais tarde, enveredou por um caminho mais próprio. Foi um escritor dotado de uma profunda capacidade de análise psicológica, a que se ligou uma linguagem de grande carga poética. Escreveu, para além de obras de poesia e romances, contos, memórias e impressões de viagem.

Quando passam 22 anos da sua morte, relembramos Fernando Namora.

Bibliografia de Fernando Namora

Maria

‘A sua história começou mesmo antes de nascer, numa vila termal junto ao Rio Uima, com o seu parque e as suas árvores centenárias…
Junto à ponte, mesmo ali à Sé, havia um café e padaria da falecida D. Rosa, que viria a ser herdado pelo seu filho, o Américo. Um dia, em nome do progresso, desapareceu, e dele sobrou apenas uma fotografia para recordação. Um dos que o frequentava era o Albano (Júnior), de Arcozelo e Pinheiro. Num dia quente de Verão, acompanhando ele com alguns amigos, encostado ao balcão do café, viu passar uma linda moça que lhe despertou a atenção. Era a primeira a vez que a via e, através dos seus colegas, veio a saber que era da sua freguesia. Mariazinha, de seu nome, a moça era de Casaldoido, linda, linda, filha de uma família de agricultores. O Albano acabou por vir a conhecê-la pessoalmente num dos leilões da terra, no início dos anos 40…’ (Excerto do livro ‘Maria)

Albano Gomes apresenta-nos, através do Sitiodolivro.pt, a sua primeira auto-publicação, ‘Maria’. A viver na Suíça e pelo facto de já não dominar suficientemente a língua portuguesa, recorreu aos serviços profissionais de apoio à edição, na revisão editorial e na estruturação integral do manuscrito, para editar com todo o rigor técnico a sua obra.

Uma história de amor em que Albano Gomes e a sua Mariazinha assumem as personagens principais da história que nos contagia pela intensidade e autenticidade do seu amor, desde o momento em que se conheceram, até aos dias de hoje. Uma história ilustrada com fotografias que nos aproximam e nos permitem conhecer pormenores pessoais desta grande história de amor.

Sidney Sheldon

“Nada pode impedi-lo quando você estabelece um objectivo. Ninguém pode impedi-lo, a não ser você mesmo. Eu acredito nisso.”

(Sidney Sheldon)

Sidney Sheldon

Sidney Sheldon

Ao passarem 4 anos da sua morte, ocorrida dias antes de completar 90 anos de idade, relembramos o escritor tido pelo Guinness como o mais traduzido em todo o mundo e o único que recebeu quatro dos mais cobiçados prémios da indústria cultural norte-americana, o Óscar (no Cinema), o Emmy (na TV), o Tony (no Teatro) e o Edgar (na Literatura de suspense). Dos seus livros, todos best-sellers, venderam-se mais de 300 milhões de exemplares, em 51 idiomas. Foi também um prolífico guionista de séries de televisão e filmes de Hollywood.

Para poder sobreviver, começou por fazer quase de tudo, desde vendedor de sapatos, a locutor de rádio, ou estafeta de uma drogaria e arriscou ainda, mas sem êxito, afirmar-se como compositor de música, em Nova York, até que, depois de se mudar para Hollywood, para tentar a sua sorte, conseguiu que lhe comprassem um guião para um filme e passou então a dedicar-se profissionalmente a esta actividade. Só muito mais tarde veio a escrever o seu primeiro livro, arte para que antes se julgava incapaz.

Mestre do suspense, mas nada apreciado pela crítica, considera que o êxito dos seus romances se deve “ao facto de que escrevo histórias que cativam a imaginação dos leitores. Os meus romances têm personagens que o público costuma considerar interessantes, passam-se em lugares glamourosos e geralmente são divertidos.” Na sua autobiografia, o último livro que publicou, confessou ter tentado suicidar-se aos 17 anos.

Bibliografia de Sidney Sheldon

Nada mais e o ciúme

‘A relação de Virgílio e Dulce continha, desde a génese, um projecto de tristeza. De outra maneira: o seu amor possuía em si um pigmento desagregador inato, fatal e profundo, um desgaste intrínseco e congénito. Algo que não era devido ao tempo nem à acumulação das contrariedades, mas fazia parte do código genético desse amor. Uma bomba ao retardador que, minuto a minuto, se ia libertando da sua amnésia. E até no início da paixão, quando esta não tivera tempo para esmorecer ainda, nem interrogar-se demasiado a si mesma, já existiam momentos metafísicos em que um ou outro davam por si a querer saber: «Mas que faço eu aqui?».’ (Gil Duarte, autor do livro ‘Nada mais e o ciúme’)

Nada Mais e o Ciúme

Esta é a primeira auto-publicação de Gil Duarte, através do Sítio do Livro. O autor é um misto de pseudónimo e de heterónimo de um romancista, contista, poeta, ensaísta e crítico cuja identidade secreta só raramente se revela; sabe-se, no entanto, que se trata de um homem de certa idade (como todos os homens), de origem moçambicana, que se dedica ao estudo e ao ensino da filosofia..  Uma das proezas mais espantosas do seu currículo como escritor consiste em nunca ter ganho qualquer prémio literário. Poderia pois, e legitimamente, perguntar-se o que vale um tal escritor: desta vez, terá de ser o leitor a decidir. E sozinho. Nada Mais e o Ciúme é o seu quinto romance: nenhum dos outros quatro se encontra publicado.

William Butler Yeats

Quando Fores Velha

«Quando fores velha, grisalha, vencida pelo sono,
Dormitando junto à lareira, toma este livro,
Lê-o devagar, e sonha com o doce olhar
Que outrora tiveram teus olhos, e com as suas sombras profundas;

Muitos amaram os momentos de teu alegre encanto,
Muitos amaram essa beleza com falso ou sincero amor,
Mas apenas um homem amou tua alma peregrina,
E amou as mágoas do teu rosto que mudava;

Inclinada sobre o ferro incandescente,
Murmura, com alguma tristeza, como o Amor te abandonou
E em largos passos galgou as montanhas
Escondendo o rosto numa imensidão de estrelas.»

William Butler Yeats

William Butler Yeats

Foi dos maiores poetas de língua inglesa do século XX, a quem foi atribuído o Prémio Nobel da Literatura em 1923. O Comité de entrega do prémio justificou a sua decisão pela “sua poesia sempre inspirada, que através de uma forma de elevado nível artístico dá expressão ao espírito de toda uma nação”.

As suas obras iniciais eram caracterizadas por uma tendência romântica exuberante e fantasiosa, que transparece no título da sua colectânea de 1893, The Celtic Twilight (O Crepúsculo Celta). Posteriormente, por volta dos seus 40 anos e em resultado da sua relação com poetas modernistas, como Ezra Pound e também do seu envolvimento activo no nacionalismo irlandês, o seu estilo tornou-se mais austero e moderno.

Quando passam 39 anos da sua morte, recordamos e destacamos William Butler Yeats.

Bibliografia de William Butler Yeats

Lewis Carroll

– Poderia dizer-me, por favor, que caminho devo eu seguir?
– Isso depende muito, para onde pretende ir – disse o Gato.
– Para mim tanto faz, para onde quer que seja… – respondeu Alice.
– Então, pouco importa o caminho que tome – disse o Gato.
– …desde que eu chegue a algum lugar… – acrescentou Alice, explicando-se melhor.
– Ah, então certamente chegará lá, se continuar a andar bastante…” – respondeu o Gato.”

(in “Alice no País das Maravilhas”)

Lewis Carroll

Lewis Carroll

Relembrámos hoje, no aniversário do seu nascimento, o criador de Alice, a do País das Maravilhas. Um escritor de carácter introvertido, tímido e conservador, mas também matemático e fotógrafo. O tão famoso livro de Alice nasceu do improviso de uma divertida história, contada às três filhas de um amigo, uma delas homónima, num longo passeio fluvial e que o escritor logo passou a escrita, baptizando-a inicialmente de “Alice, Debaixo da Terra”. Mais tarde, alongou-a e completou-a, dando-lhe o título definitivo que o imortalizou como escritor. Seguiu-se-lhe, tempos depois, “Alice, do Outro lado do Espelho”.

O seu interesse pela lógica matemática e pelos jogos racionais levou-o também a publicar diversos livros científicos, para as quais reservou o seu nome verdadeiro, Charles Dodgson.

Bibliografia de Lewis Carroll

Philip José Farmer

Philip José Farmer

Philip José Farmer

Foi um escritor norte-americano de ficção científica e fantasia. Tornou-se conhecido pelas séries “Riverworld” e “World of Tiers”.

As suas obras são marcadas pelo uso de temática religiosa e sexual, de heróis ligados ao universo dos pulps e por obras apócrifas, pretensamente escritas por personagens fictícios.

Falecido em 2009, faria hoje 93 anos. Falamos de Philip José Farmer.

Bibliografia de Philip José Farmer

Virginia Woolf

«A vida é como um sonho; é o acordar que nos mata.»

Virginia Woolf

Virginia Woolf

Com “Mrs. Dalloway”, considerado o seu primeiro grande romance modernista, chegou o reconhecimento como escritora reputada. “Orlando”, obra de 1928, confirmou as suas qualidades. Seguiram-se “Um Quarto Que Seja Seu”, onde defende a independência das mulheres, “As Ondas” e “Os Anos” e, em 1938, lançou um romance polémico, ‘’Os Três Guinéus’’, na sequência da morte de um sobrinho na Guerra Civil espanhola. Neste livro, defende que a guerra é a expressão do instinto sexual masculino.

A 28 de Março de 1941, pouco depois de ter lançado ‘’Entre os Actos’’ suicidou-se, atirando-se a um rio com os bolsos cheios de pedras. Foi a segunda tentativa em poucos dias, interrompendo assim uma carreira marcada pela obtenção de diversos prémios literários, dos quais, contudo, só aceitou um, o Fémina, de França.

Paralelamente à actividade de escritora, em conjunto com o marido fundou e manteve uma editora, destinada a publicar textos experimentais, textos de amigos e traduções de russo. Intitulada Hobart Press, a editora funcionava em moldes caseiros, depois de, em 1917, Leonard ter oferecido à esposa uma pequena tipografia.

Quando passam 129 anos do seu nascimento, destacamos Virginia Woolf.

Bibliografia de Virginia Woolf

Edith Wharton

‎”Há duas maneiras de espalhar a luz: ser a vela, ou o espelho que a reflete.”

(Edith Wharton)

Edith Wharton

Edith Wharton

Ganhou, em 1920, o prémio Pulitzer com ”A Idade da Inocência”. Considerada como um grande nome da literatura feminina norte-americana e autora de uma obra prolífica, procurou debruçar-se prioritariamente sobre os usos e costumes dos novos-ricos, sobre as diferenças fundamentais entre a velha aristocracia europeia e a burguesia norte-americana, bem como a repressão exercida sobre as mulheres nestes ambientes.

Relembramos Edith Wharton, quando passam 149 anos do seu nascimento.

Bibliografia de Edith Wharton

João Ubaldo Ribeiro

João Ubaldo Ribeiro

João Ubaldo Ribeiro

Foi o oitavo escritor brasileiro a ganhar, em 2008, o prémio Camões, o galardão máximo das letras portuguesas e é também jornalista e guionista e membro da Academia Brasileira de Letras. O presidente do júri, Ruy Espinheira Filho, justificou a atribuição do galardão ao escritor baiano com o “alto nível da obra literária … especialmente densa das culturas portuguesa, africanas e dos habitantes originais do Brasil”.

No entanto, alguma da sua obra, já traduzida para várias línguas, tem gerado polémica, dado o seu conteúdo controverso, tendo chegado a ser banida de algumas redes de distribuição, o que, afinal, só contribuiu para um maior êxito comercial.

Dono de um estilo literário marcado pela ironia, João Ubaldo Ribeiro, nas palavras do crítico Antônio Olinto, “inventando um país (Brasil), inventou-se a si mesmo e foi eleito pelos seus leitores o porta-voz deste país.” Distinguimo-lo hoje, quando perfaz 70 anos.

Bibliografia de João Ubaldo Ribeiro

Francis Bacon

“A prosperidade prontamente descobre o vício; mas a adversidade logo descobre a virtude.”

(Francis Bacon)

Francis Bacon

Francis Bacon

Pai do empirismo e do método dedutivo, de influência determinante no pensamento filosófico e científico europeu de então em diante, fazendo cessar, definitivamente, a corrente ideológica medieval, dominante até aí, a Escolástica e, por isso, considerado como o fundador da ciência moderna, Sir Francis Bacon é o autor que destacamos hoje, no aniversário do seu nascimento.

Começou por desempenhar uma carreira diplomática, ainda sob a rainha Isabel I, que lhe recompensou a sua lealdade e veio a ocupar os mais importantes cargos políticos de Inglaterra e a receber relevantes títulos nobiliárquicos, já no reinado de Jaime I, tendo-se tornado um veemente, mas contestado, defensor do absolutismo monárquico. Acabou, no entanto, por cair em desgraça, acusado de corrupção enquanto juiz e foi multado, proscrito para a política e encarcerado na Torre de Londres. Perdoado pelo rei, retirou-se para as suas terras, dedicando-se inteiramente aos estudos e vindo a morrer 5 anos depois.

Bibliografia de Francis Bacon

George Orwell

”Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir.”

George Orwell

George Orwell

A sua obra é marcada por uma inteligência perspicaz e bem-humorada, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposição ao totalitarismo e uma paixão pela clareza da escrita.

Considerado talvez o melhor cronista da cultura inglesa do século XX, dedicou-se a escrever ficção, artigos jornalísticos polémicos, crítica literária e poesia. É mais conhecido pelo romance distópico “1984” e pela novela satírica ”A Quinta dos Animais”.

A sua influência na cultura contemporânea, tanto popular quanto política, perdura até aos dias de hoje. Vários neologismos criados por ele, assim como o termo orwelliano, palavra usada para definir qualquer fenómeno social draconiano ou manipulativo ou um conceito contrário à uma sociedade livre, já fazem parte do vernáculo popular.

Quando passam 61 anos da sua morte, relembramos George Orwell.

Bibliografia de George Orwell

Memórias de gente vulgar

Como o título deixa antever, não há aqui berços de ouro, nem se trata de desfilar sucessos, bem pelo contrário. Revelam-se aqui como enfrentaram as dificuldades muitos dos portugueses nascidos logo após a II Guerra Mundial. E dá-se conta de como a procura de vidas melhores dá lugar a infâncias conturbadas. Entra-se em África, pela Baía de Luanda, retendo cheiros, cores e sabores de um novo mundo. Relatam-se aventuras escolares e desventuras de prematuros empregos.

E sentem-se…

Sentem-se servidões, colonialismos e racismos oficialmente desmentidos.

Sentem-se alguns dos terrores que deram lugar a nova fuga, então apelidada de “retorno”…

Sentem-se as aventuras de quem volta ao seu país e se acha no estrangeiro, seja porque é mesmo assim, seja porque a Revolução dos Cravos agitou alguma coisa…

Sentem-se, ao longo de várias décadas, governos que desgovernam, empresas geridas para afundar e pessoas que não se comportam como tal…

Mas sente-se, acima de tudo e apesar de tudo, um constante fazer pela vida…

… ou talvez não!

(Armando Graça, autor do livro ‘Memórias de gente vulgar’)

 

Recorrendo aos serviços editoriais disponíveis no Sitiodolivro.pt, Armando Graça, publica ‘Memórias de gente vulgar’. Um livro que nos leva a fazer uma viagem das origens do autor aos dias de hoje (1945 – 2010).

C. W. Ceram

C. W. Ceram

C. W. Ceram

C. W. Ceram foi o pseudómino do jornalista e autor alemão Kurt Wilhelm Marek, conhecido pelos seus estudos em Arqueologia. O autor optou por usar um heterónimo para não ser associado ao trabalho que tinha feito anteriormente como partidário do Terceiro Reich, durante a Segunda Guerra Mundial.

A sua obra mais famosa ”Deuses, Túmulos e Sábios”, que retrata o desenvolvimento da Arqueologia numa perspectiva histórica, foi publicada em vinte e oito línguas e de que já foram impressos, até à data, mais de cinco milhões de exemplares.

Naquele que seria o seu 96.º aniversário, relembramos C. W. Ceram.

Bibliografia de C. W. Ceram

O Mundo da Poesia

‘Mar

O Mar parece lágrimas a chorar

Cabelos a abanar

Lençóis verdes, azuis, mas só às vezes

Transparentes todos os dias de sol!’

(Excerto do livro ‘O Mundo da Poesia’, de Joana Nunes)

 

Joana Filipa Sousa Nunes, de apenas 10 anos, apresenta-nos uma obra surpreendente e mágica, o seu primeiro livro, auto-publicado através do SitiodoLivro.pt.

‘Através da sua poesia e das suas pinturas, inventou e imaginou, escreveu e desenhou o ‘O Mundo da Poesia’. Um mundo em que cada poema é uma porta aberta para a descoberta de novas palavras e dos seus significados. A partir da poesia, cada um de nós pode recriar e imaginar o seu mundo real e inventar novos mundos!’ (Paula Sousa, mãe da autora)

Não deixem de ver e ler este livro adorável.

Eugénio de Andrade

Urgentemente

Eugénio de Andrade

Eugénio de Andrade

É urgente o Amor,
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros,
e a luz impura até doer.
É urgente o amor,
É urgente permanecer.

É com “As Mãos e os Frutos”, em 1948, que alcança o sucesso. A partir dessa data, inicia-se uma carreira especialmente rica em poesia, mas também com produções nos domínios da prosa, da tradução e da antologia.

Foi convidado para participar em vários eventos e travou amizades com muitas personalidades da cultura portuguesa e estrangeira, como Joel Serrão, Miguel Torga, Afonso Duarte, Carlos Oliveira, Eduardo Lourenço, Joaquim Namorado, Sophia de Mello Breyner Andresen, Teixeira de Pascoaes, Vitorino Nemésio, Jorge de Sena, Mário Cesariny de Vasconcelos, José Luís Cano, Ángel Crespo, Luís Cernuda, Marguerite Yourcenar, Herberto Helder, Joaquim Manuel Magalhães, João Miguel Fernandes Jorge, Óscar Lopes, e muitos outros…

Publicou mais de duas dezenas de livros de poesia. Obras em prosa, antologias, álbuns, livros para crianças e traduções para português de grandes poetas estrangeiros (Lorca, Safo, Char, Reverdy, Ritsos, Borges, etc…) completam até ao presente a sua bibliografia, para além de muitos títulos traduzidos e publicados em 20 línguas e em 20 países: na Alemanha, Itália, Venezuela, China, Espanha, no México, Luxemburgo, em França, nos Estados Unidos da América. É, realmente, a par de Pessoa, o poeta português mais divulgado no mundo. A sua obra tem sido, por outro lado, objecto de estudo e reflexão por parte de escritores e críticos literários quer estrangeiros quer portugueses. (fonte: www.citi.pt)

Recebeu ao longo da sua vida vários prémios: “Pen Clube” (1986), “Associação Internacional dos Críticos Literários” (1986), “Dom Dinis” (1988), “Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores” (1989), “Jean Malrieu” (França, 1989), “APCA” (Brasil,1991), “Prémio Europeu de Poesia da Comunidade de Varchatz” (República da Sérvia, 1996), “Prémio Vida Literária” atribuído pela APE (2000) e, em Maio de 2001, o primeiro prémio de poesia “Celso Emilio Ferreiro” atribuído em Orense, na Galiza. Em 2001, a 10 de Maio, Eugénio de Andrade foi homenageado na Universidade de Bordéus, por altura da realização do “Carrefour des Littératures”, tendo sido considerado um dos mais importantes escritores do século XX. A 10 de Julho, foi distinguido com o “Prémio Camões” e, ainda no mesmo ano, foi lançado um CD com poemas recitados pelo próprio autor.

No dia em que faria 88 anos, relembramos Eugénio de Andrade.

Bibliografia de Eugénio de Andrade

Bruce Chatwin

Bruce Chatwin

Bruce Chatwin

Consegue trabalho no The Sunday Times Magazine, onde, em troca de ensaios e artigos, financiam-lhe várias viagens. Em 1977, parte para o fim do mundo e escreve ”Na Patagónia”, o livro que lhe trará a fama mundial como escritor e viajante.

Recuperou um género em desuso, o do livro de viagens, como foi capaz de voltar a dar corpo ao mito do viajante imparável e solitário, eliminando com eficácia todas as fronteiras entre a realidade e ficção.

Em 2010 os seus cadernos de apontamentos foram abertos. Escreveram-se linhas e linhas sobre o suposto conteúdo dos cadernos, adivinharam-se revelações explosivas, mas, conforme constatou o biógrafo Nicholas Shakespeare, só há citações de outros escritores e apontamentos estritamente literários.

Quando passam 21 anos da sua morte, destacamos Bruce Chatwin.

Bibliografia de Bruce Chatwin

Se eu fosse atum

‘Há algum tempo atrás um amigo que prezo, ao ouvir mais uma das minhas historietas, disse-me:

– Já construíste uma casa e um lar , tiveste um filho e já plantaste uma árvore. Está na altura de pensares em escrever um livro.

Esta hipótese germinou na minha cabeça. Não era ideia virgem – já tinha pensado em passar ao papel algumas fantasias e reflexões. Mas, preguiçoso como sou (para além de egoísta e possessivo, segundo dizem…) hesitei sempre, pensando na carga de trabalhos em que me podia meter. Até corria o risco de alguém ler e gostar!

De qualquer modo, depois de muito matutar, resolvi levantar o problema no “conselho familiar” e, durante um jantar, coloquei este meu devaneio em cima da mesa. Não me desincentivaram, mas manifestaram algumas reticências. O meu filho, de formação mais prática e actual, dado à gestão e não tanto às artes – embora também escreva, e melhor – perguntou:

– Porque não crias um blogue?

– Um blogue? Isso é mais para políticos ou para intelectuais tipo Pacheco Pereira. E mesmo que quisesse… Como é que crio um blogue e para que o quero?

A juventude tem resposta rápida e pronta para tudo. E veio, certeira:

– Criar é fácil, eu ajudo. Depois, em vez do livro, escreves as histórias no blogue. Assim como assim, ninguém vai ler, seja o livro ou o blogue. Poupas o dinheiro da edição e da impressão do livro e vais passar umas férias com a mãe a qualquer sítio…’

 

Recorrendo aos serviços de apoio à edição disponíveis no Sitiodolivro.pt, Rui Bártolo Vaz publica ‘Se eu fosse atum’. E foi assim que o autor completou o velho ditado popular: “plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro”. Aventure-se também!

http://www.sitiodolivro.pt/pt/livro/se-eu-fosse-um-atum/9789898413109/

Jô Soares

“É bem melhor pensar sem falar, do que falar sem pensar.”

(Jô Soares)

Jô Soares

Jô Soares

Mais conhecido enquanto comediante e entrevistador televisivo, iniciou a sua carreira artística como actor de teatro e de cinema, tendo também experimentado o seu talento nas artes plásticas e na música. Fluente poliglota, construiu um percurso interminável e muito popular na televisão brasileira, onde fez de tudo, ao longo de mais de 50 anos. Mas é também escritor, não só de peças teatrais e de programas humorísticos, tendo já publicado vários romances. Celebrámos hoje o 73.º aniversário desde incomparável autor e actor brasileiro.

Bibliografia de Jô Soares

Robert Silverberg

Robert Silverberg

Robert Silverberg

Destacámos hoje, quando completa 76 anos, um dos grandes escritores contemporâneos de ficção científica, mas também prolífico autor de uma extensa obra de não ficção e cujos livros têm tido muito êxito no mercado anglo-saxónico. Várias vezes distinguido com os prémios Hugo e Nebula, foi co-autor de algumas obras de Isaac Asimov, outro ícone do género e que a ele se referiu de forma muito elogiosa.

Bibliografia de Robert Silverberg


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