“Sou amanhã, ou noutro dia futuro, o que estabeleço hoje. Sou hoje o que estabeleci ontem ou noutro dia anterior.”
É considerado um dos autores de maior relevância do século XX. Publica, em 1914, a sua antologia de contos “Dubliners” (“Gente de Dublim”), provocando uma intensa polémica entre os críticos mais conservadores, pois é implacável e realista ao retratar sem pudor as misérias da existência na Irlanda.
Autor de “Ulisses”, considerada a obra que inaugura o romance moderno, uma das suas obras magistrais e que foi considerada pela crítica especializada o maior romance escrito em língua inglesa, em todo o século XX. A obra desencadeou reacções violentas, as 1000 cópias da primeira edição venderam-se rapidamente, mas a condenação de “Ulisses” foi igualmente intensa. O romance só voltou a ter uma edição legal nos Estados Unidos em 1934 e apenas foi publicado novamente no Reino Unido em 1936.
Abandonou o seu país de origem, a Irlanda, com a sua mulher de toda a vida, Nora, indo viver primeiro em Trieste, de onde fugiu à guerra, em 1915, para Zurique e depois fixou-se em Paris, até à invasão de França pelas tropas alemãs em 1940, tendo regressado então a Zurique, onde morreu a 13 de Janeiro de 1941, vítima de peritonite generalizada.
Embora tenha vivido fora do seu país natal durante a maior parte da vida adulta, as suas experiências irlandesas são essenciais na sua obra e forneceram-lhe toda a sua ambientação e muito da temática. O seu universo ficcional enraíza-se fortemente em Dublin e reflecte a sua vida familiar e os eventos, as amizades e inimizades dos tempos da escola e da faculdade.
Quando passam 71 anos da sua morte, relembramos James Joyce.
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