Era un mattino di un dolce gennaio
“Era manhã de um doce Janeiro
cheio de sol. E a vida pareceu
no silêncio repleta de palavras.
Assim não foi, minhas palavras
foram escassas, e talvez sem sol.
Mas resta na manhã de Janeiro
um homem já velho, cheio de amor.”
(tradução de Vera Lúcia de Oliveira)
Ao passarem 35 anos da sua morte, relembramos um dos maiores poetas italianos do século XX, que recorreu à expressão poética como forma de “exaltação da vida”, para superar a sua condição socialmente marginal devida, em grande parte, à homossexualidade assumida. Por opção própria, desempenhou sempre ocupações precárias e irrelevantes, tendo vivido modestamente e morrido pobre e isolado.
“Nos últimos anos de vida, a sua obra, tal como a sua enigmática figura, durante muito tempo esquecida e pouco considerada, tornou-se num objecto de culto e até em verdadeiro mito, tornando-se aliás um modelo e referência para muitos escritores das novas gerações.” (Andrea Ragusa, in POESIA & LDA.)
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