“Quando a ordem é injusta, a desordem é já um princípio de justiça.”
Relembrámos hoje, no 146.º aniversário do seu nascimento, um autor francês, galardoado com o Prémio Nobel de Literatura em 1915, como “tributo ao superior idealismo da sua produção literária e à compaixão e amor pela verdade com que descreveu diferentes tipos de seres humanos”, nas palavras do Júri da Fundação Sueca.
Romancista, ensaísta e biógrafo, mas também estudioso e crítico musical, foi professor universitário em Paris, de História da Arte e de História da Música, antes de se dedicar exclusivamente à escrita, dado que não gostava de ensinar, devido ao seu carácter solitário, introvertido e pouco sociável.
Apoiante inicial da revolução Bolchevique, tornou-se depois acérrimo contestatário do estalinismo, como também dos regimes fascista e nazi, apesar de não ter sido incomodado politicamente, tendo-se isolado completamente durante a ocupação alemã de França. Ficou famoso sobretudo pelo seu pacifismo militante, para o que terá contribuído a sua biografia de Gandhi, que conhecera em 1931.
Na sua obra, onde concilia o idealismo patriótico com um internacionalismo humanista, destaca-se a saga Jean-Christophe, inicialmente publicada em 10 volumes, cujo personagem principal, um músico alemão, reflecte muito da personalidade e do idealismo do autor.
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