Amor como em Casa
«Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.»
(Manuel António Pina, in
“Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde”)
Cronista, poeta e tradutor costuma dizer “A literatura não é uma profissão, para mim é uma devoção”.
Ganhou vários prémios, de que se destacam o Prémio Calouste Gulbenkian – Melhor Livro Publicado em Portugal em 1986/1987 com a obra “O Inventão”, e o Prémio Nacional de Crónica Press Club / Clube de Jornalistas com a obra “O Anacronista” (1994).
A sua obra, “acessível e ao mesmo tempo de grande complexidade”, composta de cerca de 40 títulos, entre poesia, teatro, literatura infantil e ficção, foi a grande vencedora do Prémio Camões deste ano, o mais importante prémio da literatura lusófona. Está traduzida em França, em Espanha, na Dinamarca, na Alemanha, na Rússia, na Croácia, na Bulgária e nos Estados Unidos.
Parabéns a Manuel António Pina, que festeja hoje o seu 68.º aniversário.
Fico extasiada com pessoas como o Senhor.
Ganhou prémios grandiosos, é famoso e ainda assim se preocupa com o laos outros, para além de uma frontalidade que muito admiro.
Costumo ler a sua crónica no Jorna de Noticias.
Bem hajam pessoas como Manuel António Pina.
A sua poesia é simples e bela!!!
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Gostaria de saber como surgiu o interesse de Manuel António Pina pela escrita já que o seu rumo parecia seguir diretamente para Direito. Muito obrigada pela disponibilidade.
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