Uma reflexão das expectativas e experiências de cinco antigos exilados que fizeram de Genebra a sua Pátria, mas regressaram a Portugal, depois do 25 de Abril e «deram à pátria de origem o que a pátria adotiva lhes emprestara: alguma ciência, a vontade de reformar não só a política, mas também a sociedade, algumas esperanças, muitas desilusões […]». Apresentado em Outubro passado, por Eduardo Lourenço e já disponível na nossa livraria online:
Sinopse
«Neste início de século e de milénio, depois de décadas de apagamento da memória histórica, é de difícil inteligência pelo comum dos mortais o mal-estar da juventude portuguesa nos anos 60. A ameaça da mobilização para a guerra colonial pairava como uma ave de mau auspício sobre os destinos individuais.» Para os autores deste livro a solução foi partir. António Barreto, por estar farto de viver aqui; Ana Benavente que se casara aos 18 anos, porque não queria que o marido fosse mobilizado para a guerra colonial; Eurico Figueiredo sabia que partir do Portugal salazarista estava «marcado nos astros» e era essencial para fugir à inevitável prisão; José Medeiros Ferreira, prestes a ser mobilizado, num dos processos mais «dramáticos e até dilemáticos» da sua vida; e, Valentim Alexandre porque crescentemente considerava estar do lado errado no conflito guineense. Fizeram de Genebra a sua Pátria, mas regressaram a Portugal depois do 25 de Abril e «deram à pátria de origem o que a pátria adotiva lhes emprestara: alguma ciência, a vontade de reformar não só a política mas também a sociedade, algumas esperanças, muitas desilusões […]»
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