Destino, Acaso ou Coincidência
«Podemos muito bem, se for esse o nosso desejo, vaguear sem destino pelo vasto mundo do acaso. Que é como quem diz, sem raízes, exactamente da mesma maneira que a semente alada de certas plantas esvoaça ao sabor da brisa primaveril.
E, contudo, não faltará ao mesmo tempo quem negue a existência daquilo a que se convencionou chamar o destino. O que está feito, feito está, o que tem se ser tem muita força e por aí fora. Por outras palavras, quer queiramos quer não, a nossa existência resume-se a uma sucessão de instantes passageiros aprisionados entre o “tudo” que ficou para trás e o «nada» que temos pela frente.(…).»
(Haruki Murakami, in “Em Busca do Carneiro Selvagem“)
É um dos mais populares escritores japoneses, em especial entre o público jovem, e considerado eterno candidato ao Nobel da Literatura. O seu último livro, “1Q84”, aguardado com enorme expectativa, levou as livrarias americanas a manterem-se abertas pela noite fora, no dia seu lançamento.
Nasceu em Kyoto, em 1949, mas cresceu em Kobe, cidade portuária que lhe deu uma visão de mundo cosmopolita, um dos pilares da sua obra. Formou-se em dramaturgia clássica no Departamento de Literatura da Universidade de Waseda e, pouco depois, montou um bar em Kokubunji (Tóquio), de 1974 a 1981, sobre o qual diria mais tarde: “Tudo que preciso saber na vida aprendi no meu bar de jazz.”
Recebeu, em 1996, o Prémio Literário Yomiuri, galardão já concedido a importantes nomes da literatura japonesa, como Kenzaburo Oe, Kobo Abe e Yukio Mishima.
As suas maiores influências literárias são Raymond Chandler, Kurt Vonnegut e Richard Brautigan. Paralelamente à actividade de autor, traduziu para o japonês escritores como F. Scott Fitzgerald, John Irving, Tim O’Brien, Truman Capote e Paul Theroux.
Destacamos Haruki Murakami, quando celebra hoje o seu 63.º aniversário.
Uso o computador sim, mas para coisas básicas, texto, formataà ões simples, receber e enviar email, falar no MSN.
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