“A verdade tem de ser passada de contrabando; é preciso difundi-la por partes, uma gota de cada vez, para as pessoas se habituarem, e não de uma vez só.”
Novelista, dramaturgo e encenador Checo, tido como o maior autor do seu país da primeira metade do século XX, foi contemporâneo de Kafka e o criador da palavra “robot“. Nomeado director do Teatro Nacional, chegou depois a ter o seu próprio estabelecimento, o Teatro Artístico de Vinohradsky.
É reconhecido pelas suas peças teatrais, sendo R.U.R. a mais famosa e que originaria o célebre filme mudo de Fritz Lang, “Metropolis” (1926). Estreada em 1921, retrata uma fantasia dramática em que cada uma das personagens é desumanizada pela máquina da idade. R.U.R. é a sigla de “Rossum’s Universal Robots” e foi nesta peça que surgiu a palavra inglesa robot.
O seu livro “A Guerra das Salamandras” é considerado uma obra de génio, que captura o clima social e político do período entre guerras e também como um livro profético que serve de previsão dos diversos ‘ismos’ do século XX e, principalmente, das suas consequências mais terríveis.
Viria a morrer em Dezembro de 1938, em consequência de uma pneumonia originada por uma greve da fome, como protesto pelos aliados terem rejeitado protecção à Checoslováquia contra a Alemanha de Hitler. A sua obra foi interdita pelas autoridades alemãs em 1939 e o seu irmão Josef, co-autor do seu primeiro livro, foi enviado para um campo de concentração, onde morreria em 1945.
No 122.º aniversário do seu nascimento, destacamos Karel Čapek.
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