Archive for the 'Notoriedades' Category



Bill Bryson

Bill Bryson

Bill Bryson

“Em que consiste de facto a história? Séculos de pessoas no seu quotidiano: a dormir, a comer, a fazer sexo, a tentar ganhar conforto. E onde acontece tudo isso? Em casa.” Foi este pensamento que inspirou o autor que hoje destacamos, quando comemora os seus 60 anos, a fazer uma viagem pela própria casa, uma velha reitoria em Norfolk, a andar de divisão em divisão a pensar em como tinham início os acontecimentos banais da vida e a escrever o seu mais recente livro, “Em Casa”.

Um dos muitos com que nos tem deliciado, com o seu humor irresistível e a sua curiosidade insaciável, ou o poder narrativo e a proza estilizada com que, de forma lúdica, esclarecedora e abrangente, nos fala, de história, de viagens ou da sua língua materna.

De origem norte-americana, mas radicado desde jovem em Inglaterra, onde casou com um enfermeira inglesa que conheceu num hospital psiquiátrico em que trabalhou ocasionalmente, cedo descobriu a sua vocação de globetrotter, que reflectiria em vários dos seus livros de viagens. Mas, antes de se dedicar por inteiro à escrita, foi, durante muito tempo, jornalista e chefe de redacção, em jornais britânicos como os The Times e The Independent.

Dos seus livros, sempre muito apreciados, quer pelo público, como pela crítica, talvez o mais popular seja “Breve História de Quase Tudo”, onde “compilou numa escrita simples, directa e empolgante os saberes mais diversos da ciência, desde a formação do universo à explicação das catástrofes ecológicas da actualidade (…)” (in Os Meus Livros), com “(…) um rigor científico e histórico espantoso” (Nuno Crato, in Expresso).

Bibliografia de Bill Bryson

Helena Sacadura Cabral

«O actual sistema partidário está, progressiva e sistematicamente, a liquidar a noção de cidadania, não permitindo a emergência de pessoas que, podendo ser úteis ao País, o não são, porque não fazem nem querem fazer parte dos aparelhos políticos.»

Helena Sacadura Cabral

Helena Sacadura Cabral

Economista e jornalista portuguesa, foi a primeira mulher portuguesa a ser admitida na Carreira Técnica do Banco de Portugal.

Colunista de diversos jornais e revistas, foi também colaboradora da RTP e da SIC. Hoje, mantém uma coluna semanal no DN e um programa na RDP1.

Autora de sucessos como, “As Nove Magnificas“, ou “Mulheres que Amaram Demais“, foi eleita a Personalidade Feminina de 2010 na área da Literatura.

Destacamos hoje Helena Sacadura Cabral, que festeja o seu 77.º aniversário.

Bibliografia de Helena Sacadura Cabral

Urbano Tavares Rodrigues

O Fim do Amor Trágico e Romântico?

«Vivemos, de facto, numa época em que a noção de amor trágico e romântico, que herdámos do século dezanove, se tornou inactual, embora continue ainda a ser vivida por muitos – e até com o carácter de construção moral e estética – essa relação extremamente apaixonada, exigente e exclusiva. A reclamação da liberdade erótica não me parece que de algum modo tenda a degradar a vida, conquanto possa dessublimizá-la e do mesmo passo desmistificá-la, precisamente no propósito de a tornar mais lúcida e mais generosa. Afigura-se-me que na contestação de todas as prepotências firmadas em preconceitos, em princípios estabelecidos apriorísticamente, há sempre um nexo muito íntimo entre a reinvindicação da liberdade erótica, da liberdade no trabalho e da liberdade política. E, naturalmente, quando se dá uma explosão desta espécie, é como uma pedra que rola e que vai agregando uma série de materiais e descobrindo a sua própria composição até às zonas mais profundas da sua estrutura.»

(Urbano Tavares Rodrigues, in “Ensaios de Escreviver“)

Urbano Tavares Rodrigues

Urbano Tavares Rodrigues

Catedrático jubilado da Faculdade de Letras de Lisboa, membro da Academia das Ciências, tem uma obra literária e ensaística vasta que se encontra traduzida em várias línguas.

De entre os seus maiores êxitos de crítica e de público, lembramos “A Noite Roxa”, “Bastardos do Sol”, “Os Insubmissos”, “Imitação da Felicidade”, “Fuga Imóvel”, “Violeta e a Noite”, “O Supremo Interdito”, “Nunca Diremos Quem Sois”, “A Estação Dourada”.

Já foi distinguido com vários galardões literários como, Ricardo Malheiros, Aquilino Ribeiro e Fernando Namora, Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários, Prémio da Imprensa Cultural, Prémio Vida Literária – atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores, O Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco.

Destacamos Urbano Tavares Rodrigues, quando festeja o seu 88.º aniversário.

Bibliografia de Urbano Tavares Rodrigues

Samuel Butler

“A consciência é muito bem-educada. Deixa logo de falar com aqueles que não querem escutar o que ela tem a dizer.”

Samuel Butler

Samuel Butler

Destacámos hoje, no 176.º aniversário do seu nascimento, um escritor inglês, que ficou famoso pelo estilo satírico com que criticou, nos seus romances, o puritanismo vitoriano e que, para fugir da pressão familiar para que se tornasse eclesiástico, emigrou para a Nova Zelândia, onde criou gado e se empolgou pelas teorias de Darwin.

Regressou mais tarde a Inglaterra, dedicando-se a uma grande variedade de interesses, incluindo a pintura, a música, a biologia e a literatura. George Bernard Shaw considerou-o o maior escritor britânico da segunda metade do século XIX e, para muitos, o romance autobiográfico “The Way of All Flesh” (1903) foi a sua obra-prima, embora a mais afamada seja “Erewhon” (1872).

Bibliografia de Samuel Butler

Joseph Conrad

“Não gosto de trabalhar, ninguém gosta, mas gosto do que existe no trabalho, a oportunidade de se descobrir a si próprio. A sua própria realidade, para si mesmo, não para os outros, aquilo que qualquer outra pessoa jamais poderia saber. Pode-se apenas ver o resultado final, mas nunca dizer o que realmente significa.”

Joseph Conrad

Joseph Conrad

Considerado um dos maiores expoentes da literatura inglesa, nasceu na Ucrânia, em plena autocracia dos Czares Russos, filho de pais polacos que na altura se encontravam perseguidos e exilados pelo regime que então ocupava o seu país natal. O seu romance “O Coração das trevas” veio a reflectir a vivência traumática da sua infância durante a ocupação russa.

Ficando órfão muito cedo, quando criança, foi educado por um tio, o responsável por aquela que seria a paixão central da sua vida, o mar e quem lhe permitiu emigrar para Marselha, aos 17 anos, onde iniciou a sua carreira de marinheiro mercante, vindo a naturalizar-se britânico em 1886, depois de servir num navio inglês, para escapar do serviço militar russo, não sem antes ter tentado o suicídio.

Oito anos mais tarde, abandonou o mar, para se dedicar inteiramente à escrita, publicando o seu primeiro romance, “Almayer’s Folly”, em 1895 e continuou a escrever e a publicar até morrer. A sua obra é muito marcada pelas suas excursões marítimas, sendo “Nostromo” a mais aclamada, um livro “surpreendentemente moderno, quer pela técnica simbólica, quer pela sofisticação política, que encerra a visão pessimista do mundo” tão própria deste escritor. Relembrámo-lo, na data do 154.º aniversário do seu nascimento.

Bibliografia de Joseph Conrad

Morris (Maurice de Bévère)

Morris (Maurice de Bévère)

Morris (Maurice de Bévère)

Criador de Lucky Luke, o “cowboy pobre, solitário e benfeitor que dispara mais rápido que a própria sombra” e de todos os personagens desta famosa e irónica série de banda desenhada (BD), como os bandidos irmãos Dalton, ou o seu fiel cavalo Jolly Jumper, começou a desenhar no pequeno e efémero estúdio de animação belga CBA, trabalhando ao lado de futuros mestres da BD, como Peyo (Smurfs) e Franquin (Gaston and Marsupilami).

Mais tarde, quando viveu em N.Y., conheceu René Goscinny, escritor francês de BD e futuro autor das histórias de Asterix, com quem manteve uma intensa colaboração até 1977, ano da morte deste grande mestre. Continuou a saga de Lucky Luke, recorrendo a escritores de BD consagrados como de Groot ou Janvier, tendo publicado cerca de 50 álbuns, com mais de 2.500 páginas desenhadas e vendido acima de 300 milhões de livros, traduzidos em 30 idiomas.

Ao contrário dos seus contemporâneos, nunca trabalhou em muitas séries, apesar de ter ilustrado numerosas histórias no início da sua carreira mas, nos anos 1990, gerou ainda a conhecida série Rantanplan, um spin-off de Lucky Luke, em que a personagem é o cão mais estúpido do Oeste.

Adoptando o nome artístico de Morris, devido à pronúncia inglesa do seu nome próprio, foi, sem dúvida, o criador de um novo estilo de BD, satírico e caricaturista e certamente intemporal, em que introduziu técnicas cinematográficas apreendidas de Hollywood. Morreu aos 77 anos, em Bruxelas, vítima de uma embolia pulmonar e completaria hoje 88 anos.

Bibliografia de Morris (Maurice de Bévère)

David Nicholls

David Nicholls

David Nicholls

Formado em Literatura e Teatro, optou pela carreira de actor, após ter recebido uma bolsa da American Musical and Dramatic Academy de Nova York. Entre uma peça e outra, trabalhou como vendedor na rede de livrarias Waterstone’s, em Notting Hill.

Após ter trabalhado como freelancer, conseguiu emprego como leitor de peças e pesquisador da BBC Radio Drama, o que o levou à edição de guiões na London Week Television e na Tiger Aspect Productions. Ao longo da sua notável carreira de guionista, recebeu duas indicações ao BAFTA.

O seu livro “Um dia” foi um verdadeiro fenómeno de vendas, tendo sido adaptado ao cinema no ano passado, com Anne Hathaway e Jim Sturgess nos principais papéis.

Destacamos David Nicholls, quando festeja hoje o seu 45.º aniversário.

Bibliografia de David Nicholls

Louisa May Alcott

Louisa May Alcott

Louisa May Alcott

Escritora ensaísta e romancista, autora best-seller de obras tão populares como “Mulherzinhas” e “Anos Felizes“, beneficiou de um estudo informal com amigos e familiares, entre eles, Henry David Thoreau, Ralph Waldo Emerson e Theodore Parker.

Desde 1851 que publicou, sob o pseudónimo de Flora Fairfield, poemas, contos e alguns textos infanto-juvenis. Para além deste pseudónimo, adoptou inúmeros outros. “Mulherzinhas” seria o seu grande sucesso editorial e a sua independência financeira e, a partir daqui, começou a ganhar o reconhecimento do público.

A sua obra, que se debruça sobre a condição feminina e sobre as possibilidades de uma vida sem casamento, foi influenciada pela sua necessidade de independência, contrária às tendências da época e, por isso, também nunca chegou a casar, tendo ainda militado em causas feministas, como a do sufrágio das mulheres.

Faleceu em 1888, apenas dois dias depois do seu pai falecer. Falamos de Louisa May Alcott, quando passam 179 anos do seu nascimento.

Bibliografia de Louisa May Alcott

Erico Veríssimo

“Em geral quando termino um livro encontro-me numa confusão de sentimentos, um misto de alegria, alívio e vaga tristeza. Relendo a obra mais tarde, quase sempre penso, não era bem isto o que queria dizer.”

Erico Veríssimo

Erico Veríssimo

Trabalhou como bancário, empregado de armazém e farmacêutico. Foi redactor, diagramador e ilustrador da Revista do Globo, onde se estreou como escritor com o conto “Ladrões de gado“.

Ganhou diversos prémios, como o Jabuti (1966), o Juca Pato (1967), o do PEN Clube (1972) e o da Fundação Moinho Santista (1973). Tornou-se também um bem-sucedido autor de livros infantis e tradutor de obras importantes, como “Contraponto”, de Aldous Huxley.

Destacamos Erico Veríssimo, quando passam 36 anos da sua morte.

Bibliografia de Erico Veríssimo

Eugene O’Neill

Eugene O'Neill

Eugene O'Neill

Vencedor do Nobel de Literatura em 1936 e quatro vezes do Prémio Pulitzer na categoria de Drama e um dos mais notáveis dramaturgos norte-americanos da primeira metade do Século XX, a sua obra evoluiu entre o Naturalismo e o drama experimental e contribuiu, de forma determinante, para a inovação no teatro moderno dos Estados Unidos. Explorando as partes mais sórdidas da condição humana, as personagens das suas peças são, em geral, socialmente marginais, que lutam, em vão, pelas suas aspirações e acabam decepcionadas e desesperadas.

Filho de actores itinerantes de origem irlandesa, viveu uma infância amargurada, entre a avareza do pai, a angústia da mãe pela morte prematura de um filho e o alcoolismo de outro irmão e, depois de abandonar os estudos, teve um inicio de vida profissional muito instável, variando constantemente de empregos precários e deambulantes, até se encontrar com o teatro, quando ingressou num grupo experimental e começou a estudar Arte Dramática em Harvard. A primeira representação da sua peça “Beyond the Horizon” constituiu um êxito retumbante e valeu-lhe, desde logo, o primeiro dos Pulitzer.

Sofrendo cronicamente de diversas doenças, entre as quais a de Parkinson, que praticamente o impediu de continuar a escrever na última década da sua vida, viveu sempre em conflitos com a sua família, tendo-se casado por três vezes e veio a morrer em grande solidão, aos 65 anos, num hotel de Boston.

Contrariando as suas últimas instruções, a viúva, a actriz Carlotta Monterey, ordenou a publicação de “Long Day’s Journey Into Night” (“Jornada Para a Noite”), escrito dez anos antes e que veio a ser o seu livro mais aclamado e lhe valeu o último dos Pulitzer, já a título póstumo. Relembrámos, nesta data, este importante autor, quando se cumpre o 58.º aniversário da sua morte.

Bibliografia de Eugene O’Neill

Charlaine Harris

Charlaine Harris

Charlaine Harris

Tem uma tendência natural para escrever livros de mistério. A sua primeira história, onde a personagem principal era uma bibliotecária da Geórgia de nome Aurora Teagarden, recebeu uma nomeação para o Prémio Agatha.

Até chegar à sua série de grande sucesso, “The Southern Vampire Mysteries”, escreveu pelo meio mais duas ou três séries que não tiveram grande impacto junto do público.

“The Southern Vampire Mysteries” foi a rampa de lançamento para se tornar numa autora best-seller. Os livros têm como personagem principal Sookie Stackhouse, que é amiga de vampiros, lobisomens e outras criaturas estranhas. Esta série teve tanto sucesso que inspirou uma série de televisão chamada “True Blood”.

Destacamos hoje, quando festeja o seu 60.º aniversário, Charlaine Harris.

Bibliografia de Charlaine Harris

Dale Carnegie

“Tente a sua sorte! A vida é feita de oportunidades. O homem que vai mais longe é quase sempre aquele que tem coragem de arriscar.”

Dale Carnegie

Dale Carnegie

É considerado um pioneiro em livros de auto-ajuda e de discursos em público. Tornou-se famoso por mostrar aos outros como se tornarem bem sucedidos. O seu livro “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas” (1936), que já vendeu mais de 10 milhões de cópias, foi traduzido para várias línguas e considerado um dos livros mais influentes, na área dos negócios, do século XX.

Fundou o Dale Carnegie Institute, com filiais espalhadas pelo mundo inteiro, que tem como principal objectivo o de contribuir para aperfeiçoamento das habilidades individuais de pessoas de negócios e melhorar o seu desempenho a fim de construir resultados positivos, estáveis e rentáveis.

Falamos de Dale Carnegie, quando passam 123 anos do seu nascimento.

Bibliografia de Dale Carnegie

Roald Dahl

Roald Dahl

Roald Dahl

Foi um romancista de ascendência norueguesa que alcançou sucesso em 1940 com obras para crianças e adultos, tornando-se mesmo num best-seller mundial.

Escreveu histórias tão conhecidas como “James e o Pêssego Gigante” e “Charlie e a Fábrica de Chocolate”. Esta última viria a ser a sua obra de referência na literatura infanto-juvenil.

A par da literatura para crianças, ficou conhecido também como escritor de contos “macabros” para adultos, repletos de humor negro e sempre com um final inesperado. Muitos destes textos foram, originalmente, publicados em revistas norte-americanas, tais como “Ladies Home Journal”, “Harper’s”, “Playboy” e “The New Yorker”.

Destacámos Roald Dahl, quando perfazem hoje 21 anos da sua morte.

Bibliografia de Roald Dahl

Vasco Pulido Valente

Vasco Pulido Valente

Vasco Pulido Valente

“Talvez convenha perceber duas coisas sobre a corrupção. Primeiro, onde há poder, há corrupção. E onde há pobreza, há mais corrupção. Destes dois truísmos resulta necessariamente que quanto maior é o poder ou a pobreza, maior é a corrupção.”

Investigador e professor universitário, ensaísta, escritor e comentador político português, é autor de vários livros sobre temas históricos e factos políticos, incluindo ainda várias biografias.

Autor prolífico, mas polémico, crítico mordaz, mas lúcido, ninguém fica indiferente à sua escrita. Tem o pessimismo como imagem de marca e costuma dizer que “Optimismo e pessimismo são sentimentos que eu não tenho. Às vezes parece-me que a vida portuguesa vai correr bem, outras vezes parece-me que vai correr mal, mas isso é irrelevante. Não escrevo fundado num sentimento ocasional”.

Foi também co-argumentista dos filmes “O Cerco”, de António da Cunha Telles (1970) e “Aqui d’El Rei!”, de António-Pedro Vasconcelos (1992) e argumentista do filme “O Delfim”, de Fernando Lopes (2002).

Falamos hoje de Vasco Pulido Valente, quando festeja o seu 70.º aniversário.

Bibliografia de Vasco Pulido Valente

Don DeLillo

«Os romances serão gerados pelo leitor. Uma pessoa não só carregará num botão que lhe dará um romance adequado aos seus gostos, necessidades e estados de espírito particulares, como também poderá projectar o seu próprio romance, muito possivelmente tendo-se a si mesma como personagem principal. O mundo está a ficar cada vez mais personalizado, modificado segundo as especificações individuais. Este contexto redutor mudará necessariamente a linguagem que as pessoas falam, escrevem e lêem.»

(DeLillo, a propósito do efeito da Tecnologia na Literatura)

Don DeLillo

Don DeLillo

Filho de uma família de imigrantes católicos italianos, nasceu no bairro nova-iorquino do Bronx e na sua casa coabitavam onze pessoas, pelo que, como conta, passava todo o tempo na rua e sempre sonhava ser um locutor de basebol. Começou a interessar-se pela escrita enquanto desempenhava um trabalho de vigilante de um parque de estacionamento e, depois de estudar Artes de Comunicação, na Universidade de Fordham, daquele mesmo bairro, trabalhou como publicitário, porque não conseguiu emprego na edição.

Foi o romance “White Noise” (“Ruído Branco”), publicado em 1985, que lhe trouxe o reconhecimento público e o que é considerado o seu melhor livro, “Underworld” (“Submundo”), foi finalista dos prémios Pulitzer e do National Book Award e, em 2006, considerado um dos três melhores romances dos últimos vinte e cinco anos pela New York Times Book Review. Ganhou ainda os prémios National Book Award, PEN/Faulkner Award e Jerusalem Prize.

Os seus romances abordam temas tão diversos como a televisão, a guerra nuclear, o desporto, as complexidades da linguagem, arte performativa, a Guerra Fria, a matemática, ou o advento da era digital e do terrorismo global. Lamenta ter-se iniciado como escritor muito tarde, mas reconhece que não tinha atingido antes a maturidade necessária para passar ao papel as histórias que tinha na cabeça. Destacamos hoje este autor norte-americano, quando cumpre 75 anos.

Bibliogafia de Don DeLillo

Manuel António Pina

Amor como em Casa

«Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.»

(Manuel António Pina, in
“Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde”)

Manuel António Pina

Manuel António Pina

Cronista, poeta e tradutor costuma dizer “A literatura não é uma profissão, para mim é uma devoção”.

Ganhou vários prémios, de que se destacam o Prémio Calouste Gulbenkian – Melhor Livro Publicado em Portugal em 1986/1987 com a obra “O Inventão”, e o Prémio Nacional de Crónica Press Club / Clube de Jornalistas com a obra “O Anacronista” (1994).

A sua obra, “acessível e ao mesmo tempo de grande complexidade”, composta de cerca de 40 títulos, entre poesia, teatro, literatura infantil e ficção, foi a grande vencedora do Prémio Camões deste ano, o mais importante prémio da literatura lusófona. Está traduzida em França, em Espanha, na Dinamarca, na Alemanha, na Rússia, na Croácia, na Bulgária e nos Estados Unidos.

Parabéns a Manuel António Pina, que festeja hoje o seu 68.º aniversário.

Bibliografia de Manuel António Pina

José-Augusto França

“A arte não é feita com ideias, é feita com inteligência. Ideias toda a gente tem, mas reflectir nem todos conseguem.”

José-Augusto França

José-Augusto França

Ficcionista, ensaísta, crítico de arte e professor Catedrático Jubilado da Universidade Nova de Lisboa. É ainda diplomado pela École d’Hautes Études de Paris e doutorado pela Sorbonne. É membro honorário do Comité International d’Histoire de l’Art e antigo membro do Comité du Patrimoine Mondial (UNESCO).

Pertenceu ao Grupo Surrealista de Lisboa, de que fizeram parte, entre outros, Mário Cesariny de Vasconcelos e Alexandre O’Neill. Foi director da Revista Colóquio da Fundação Gulbenkian desde 1970.

Tem participado activamente em numerosos encontros e congressos, bem como organizado e apresentado exposições individuais e colectivas em Portugal e no estrangeiro. Publicou numerosas obras sobre história da cultura e da arte.

Considera-se um ”um sentimental como todos os portugueses” e festeja hoje o seu 89.º aniversário. Parabéns a José-Augusto França.

Bibliografia de José-Augusto França

Fiódor Dostoiévski

“A melhor definição que posso dar de um homem é a de um ser que se habitua a tudo.”

Fiódor Dostoiévski

Fiódor Dostoiévski

Estreou-se na literatura com “Gente pobre”, em 1844. Após ser preso e condenado à morte pelo regime czarista em 1849, teve a sua pena comutada para quatro anos de trabalhos forçados na Sibéria, experiência retratada em “Recordações da casa dos mortos” (1861).

Em 1859 e nos vinte anos seguintes, escreveu seis longos romances, entre os quais as suas obras-primas, “Crime e castigo” (1866), “O Idiota” (1869) e “Os irmãos Karamazov” (1879).

Foi um dos maiores romancistas de todos os tempos. Morre a 28 de janeiro de 1881, vítima de uma hemorragia, tinha 60 anos.

Destacamos Fiódor Dostoiévski, quando passam 190 anos do seu nascimento.

Bibliografia de Fiódor Dostoiévski

Holly Black

Holly Black

Holly Black

É a autora que mais livros de fantasia para crianças e adolescentes vende.

O seu primeiro livro “Tithe: Um Conto de fadas Moderno”, publicado em 2002, foi descrito como “sombrio, cheio de ‘suspense’, maravilhosamente escrito e de leitura compulsiva”. As suas obras foram aclamadas pela crítica de prestigiadas publicações, como a Publisher’s Weekly, a Time Magazine, ou o New York Times, onde passaram várias semanas na sua lista de best-sellers.

Até à data, os seus livros foram traduzidos em 32 línguas. “As Crónicas de Spiderwick” foram adaptadas ao cinema pela Paramount Pictures em conjunto com a Nickelodeon Films, em 2008, com Freddie Highmore e Sarah Bolger nos principais papéis.

Destacamos Holly Black, que festeja hoje o seu 40.º aniversário.

Bibliografia de Holly Black

Cecília Meireles

«Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.»

Cecília Meireles

Cecília Meireles

Foi poeta, professora, jornalista e cronista. A sua formação como professora e interesse pela educação levou-a a fundar a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, e do Brasil, no ano de 1934.

Com o livro “Viagem” ganhou o Prémio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. Em 1993, foi-lhe atribuído o Prémio Camões. É considerada por muitos como uma das maiores poetisas da Língua Portuguesa.

Recordamos Cecília Meireles, quando passam 47 anos da sua morte.

Bibliografia de Cecília Meireles


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