“Em que consiste de facto a história? Séculos de pessoas no seu quotidiano: a dormir, a comer, a fazer sexo, a tentar ganhar conforto. E onde acontece tudo isso? Em casa.” Foi este pensamento que inspirou o autor que hoje destacamos, quando comemora os seus 60 anos, a fazer uma viagem pela própria casa, uma velha reitoria em Norfolk, a andar de divisão em divisão a pensar em como tinham início os acontecimentos banais da vida e a escrever o seu mais recente livro, “Em Casa”.
Um dos muitos com que nos tem deliciado, com o seu humor irresistível e a sua curiosidade insaciável, ou o poder narrativo e a proza estilizada com que, de forma lúdica, esclarecedora e abrangente, nos fala, de história, de viagens ou da sua língua materna.
De origem norte-americana, mas radicado desde jovem em Inglaterra, onde casou com um enfermeira inglesa que conheceu num hospital psiquiátrico em que trabalhou ocasionalmente, cedo descobriu a sua vocação de globetrotter, que reflectiria em vários dos seus livros de viagens. Mas, antes de se dedicar por inteiro à escrita, foi, durante muito tempo, jornalista e chefe de redacção, em jornais britânicos como os The Times e The Independent.
Dos seus livros, sempre muito apreciados, quer pelo público, como pela crítica, talvez o mais popular seja “Breve História de Quase Tudo”, onde “compilou numa escrita simples, directa e empolgante os saberes mais diversos da ciência, desde a formação do universo à explicação das catástrofes ecológicas da actualidade (…)” (in Os Meus Livros), com “(…) um rigor científico e histórico espantoso” (Nuno Crato, in Expresso).
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