“Não gosto de trabalhar, ninguém gosta, mas gosto do que existe no trabalho, a oportunidade de se descobrir a si próprio. A sua própria realidade, para si mesmo, não para os outros, aquilo que qualquer outra pessoa jamais poderia saber. Pode-se apenas ver o resultado final, mas nunca dizer o que realmente significa.”
Considerado um dos maiores expoentes da literatura inglesa, nasceu na Ucrânia, em plena autocracia dos Czares Russos, filho de pais polacos que na altura se encontravam perseguidos e exilados pelo regime que então ocupava o seu país natal. O seu romance “O Coração das trevas” veio a reflectir a vivência traumática da sua infância durante a ocupação russa.
Ficando órfão muito cedo, quando criança, foi educado por um tio, o responsável por aquela que seria a paixão central da sua vida, o mar e quem lhe permitiu emigrar para Marselha, aos 17 anos, onde iniciou a sua carreira de marinheiro mercante, vindo a naturalizar-se britânico em 1886, depois de servir num navio inglês, para escapar do serviço militar russo, não sem antes ter tentado o suicídio.
Oito anos mais tarde, abandonou o mar, para se dedicar inteiramente à escrita, publicando o seu primeiro romance, “Almayer’s Folly”, em 1895 e continuou a escrever e a publicar até morrer. A sua obra é muito marcada pelas suas excursões marítimas, sendo “Nostromo” a mais aclamada, um livro “surpreendentemente moderno, quer pela técnica simbólica, quer pela sofisticação política, que encerra a visão pessimista do mundo” tão própria deste escritor. Relembrámo-lo, na data do 154.º aniversário do seu nascimento.
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