Archive for the 'Notoriedades' Category



Lawrence Durrell

“Procuramos preencher o vazio da nossa individualidade e por um breve momento desfrutamos da ilusão de estar completos. Mas é só uma ilusão. O amor une e depois divide.”

Lawrence Durrell

Lawrence Durrell

Foi assessor do governo britânico, correspondente internacional e diplomata. O seu livro “The Black Book” foi elogiado por T. S. Eliot como “o primeiro trabalho de um novo escritor inglês que me dá alguma esperança quanto ao futuro da prosa de ficção”.

Foi nomeado para a embaixada do Chipre (1953), no Mediterrâneo, onde escreveu a maioria dos seus romances. Foi casado quatro vezes. Após sofrer uma trombose, morreu vitima de efisema, em Sommières.

Falamos de Lawrence Durrell, quando passam 11 anos da sua morte.

Bibliografia de Lawrence Durrell

Michael Cunningham

Michael Cunningham

Michael Cunningham

Consagrou-se famoso com o romance “The Hours”, mas, desde muito jovem, decidira ser escritor, ao ler “Mrs. Dalloway”, de Virginia Woolf, autora que inspiraria a sua carreira e, em especial, aquele romance, que lhe valeu, em 1999, dois prémios maiores, o Pulitzer de Ficção e o PEN/Faulkner e foi posteriormente adaptado para o cinema pelo realizador Stephen Daldry, tendo como actrizes principais Julianne Moore, Meryl Streep e Nicole Kidman. Tinha já sido distinguido, em 1989, com o Prémio Best American Short Stories, pela sua história “White Angel”, que publicara junto com outros contos, em diversas publicações como The New Yorker, The Paris Review ou a Atlantic Monthly e com que se iniciou na vida literária.

A sua homosexualidade assumida reflecte-se em toda a sua obra e marcou em especial outro dos seus aclamados livros, “A Home At The End Of The World”, também convertido ao cinema. Em entrevista recente ao jornal i, dizia “[…] uma história é sempre sobre pessoas que querem qualquer coisa que não têm, sobre desejo e frustração: Anna Karenina, Emma Bovary, Cinderela. Enquanto contador de histórias sou atraído por situações difíceis. Suspeito das pessoas que são tão felizes quanto poderiam ser. E também as invejo. Mas não são material para romances.”
(http://www1.ionline.pt/conteudo/109209-muitos-heterossexuais-tem-paixoes-pessoas-do-mesmo-sexo).

Afirma-se fascinado pelo mundo da arte, mas confessa-se um pintor frustrado e já se estreou também como guionista e produtor cinematográfico. Destacámos este autor norte-americano, no dia em que perfaz 59 anos de idade.

Bibliografia de Michael Cunningham

Gilles Deleuze

“São os organismos que morrem, não a vida.”

Gilles Deleuze

Gilles Deleuze

Foi contemporâneo e amigo de Michel Foucault. O seu grande contributo para a filosofia reside, em grande parte, na vasta quantidade de estudos dedicados à sua história. Na sua opinião, a filosofia, tal como qualquer outra disciplina, possuí uma função específica: criar conceitos. São os conceitos que impedem que o pensamento seja confundido com “uma simples opinião”.

Em 1987, conheceu Féliz Guattari, com quem escreveu um conjunto de livros influentes, nomeadamente “Anti-Édipo – Capitalismo e Esquizofrenia” (1972). Durante os anos 80, escreveu também uma série de livros sobre cinema e pintura.

Morreu a 4 de novembro de 1995. A sua morte ainda não está bem esclarecida. Existem duas versões: uma que alega que o autor se terá suicidado, depois de lhe ter sido diagnosticado um cancro terminal; a outra diz que sofria de tuberculose desde a juventude, período em que os tratamentos disponíveis não eram eficazes, o que, nos últimos anos da sua vida, acabou evoluindo para uma forma grave de insuficiência respiratória.

Recordamos Gilles Deleuze, quando passam 16 anos da sua morte.

Bibliografia de Gilles Deleuze

Gonçalves Dias

Como eu te amo

«Como se ama o silêncio, a luz, o aroma,
O orvalho numa flor, nos céus a estrela,
No largo mar a sombra de uma vela,
Que lá na extrema do horizonte assoma;

Como se ama o clarão da branca lua,
Da noite na mudez os sons da flauta,
As canções saudosíssimas do nauta,
Quando em mole vaivém a nau flutua,

Como se ama das aves o gemido,
Da noite as sombras e do dia as cores,
Um céu com luzes, um jardim com flores,
Um canto quase em lágrimas sumido;

Como se ama o crepúsculo da aurora,
A mansa viração que o bosque ondeia,
O sussurro da fonte que serpeia,
Uma imagem risonha e sedutora;

Como se ama o calor e a luz querida,
A harmonia, o frescor, os sons, os céus,
Silêncio, e cores, e perfume, e vida,
Os pais e a pátria e a virtude e a Deus:

Assim eu te amo, assim; mais do que podem
Dizer-to os lábios meus, — mais do que vale
Cantar a voz do trovador cansada:
O que é belo, o que é justo, santo e grande
Amo em ti. — Por tudo quanto sofro,
Por quanto já sofri, por quanto ainda
Me resta de sofrer, por tudo eu te amo.
O que espero, cobiço, almejo, ou temo
De ti, só de ti pende: oh! nunca saibas
Com quanto amor eu te amo, e de que fonte
Tão terna, quanto amarga o vou nutrindo!
Esta oculta paixão, que mal suspeitas,
Que não vês, não supões, nem te eu revelo,
Só pode no silêncio achar consolo,
Na dor aumento, intérprete nas lágrimas»

Gonçalves Dias

Gonçalves Dias

Estudou Direito em Coimbra e aí conheceu alguns escritores com quem estabeleceu relações importantes para a sua formação intelectual como poeta. Foi, com Gonçalves Magalhães, introdutor do Romantismo no Brasil. Na sua obra aborda temas como o amor, a saudade e a melancolia. Compôs ainda poesia sobre a natureza e religião.

Escreveu, em 1843, a “Canção do Exílio”, uma das mais conhecidas poesias em língua portuguesa.

Faleceu, única vítima do naufrágio do navio “Ville de Boulogne”, que tinha partido do Havre em direcção ao Brasil e que naufragou próximo do Maranhão. Salvaram-se todos a bordo, menos o poeta, que, já moribundo, ficou esquecido no seu leito. Quando passam 147 anos da sua morte, relembramos Gonçalves Dias.

Bibliografia de Gonçalves Dias

Jorge de Sena

Quem a tem…

Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade.
Eu não posso senão ser
Desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença

E sempre a verdade vença,
Qual será ser livre aqui,
Não hei-de morrer sem saber.
Trocaram tudo em maldade,
É quase um crime viver.

Mas embora escondam tudo
E me queiram cego e mudo,
Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade.

Jorge de Sena

Jorge de Sena

Poeta, ficcionista, dramaturgo e ensaísta, natural de Lisboa e naturalizado brasileiro, em 1963, é autor de uma obra marcada, sobretudo, pela reflexão humanista acerca da liberdade do Homem.

Durante os seus estudos universitários, publicou, sob o pseudónimo Teles de Abreu, as suas primeiras composições poéticas em periódicos como “Presença” e travou conhecimento com o grupo de poetas que viria a reunir-se em torno de “Cadernos de Poesia”, convivendo, entre outros, com José Blanc de Portugal, Ruy Cinatti, Alberto Serpa e Casais Monteiro.

A sua obra ocupa uma posição singular na literatura contemporânea nacional e internacional, enquanto mediadora de uma história literária e cultural.

Considerado um dos grandes poetas de língua portuguesa e uma das figuras centrais da cultura do nosso século XX, relembramos Jorge de Sena, no dia em que faria 92 anos.

Bibliografia de Jorge de Sena

Lisboa e o Terramoto de 1755

No dia do 256.º aniversário do grande Terramoto de Lisboa, recordamos alguns bons livros que historiam o terrível evento ou que o têm como enquadramento ficcional.

Veja-os na nossa livraria, clicando abaixo, sobre os títulos dos livros.

A Baixa Pombalina
A Jesuíta de Lisboa
A Vida Quotidiana em Portugal ao Tempo do Terramoto
Memórias de uma Cidade Destruída
O Dia do Terramoto
O Marquês de Pombal
O Pequeno Livro do Grande Terramoto
O Profeta do Castigo Divino
O Terramoto de Lisboa e a Invenção do Mundo
Quando Lisboa Tremeu

Claude Lévi-Strauss

“O mundo começou sem o homem e acabará sem ele.”

Claude Lévi-Strauss

Claude Lévi-Strauss

Foi um dos grandes pensadores do século XX. Estudou leis e filosofia, mas descobriu na etnologia a sua verdadeira paixão. No livro “Tristes Trópicos” (1955), que lhe trará a fama e pelo qual recebeu o recebeu o Prémio Goncourt, o autor conta como a sua vocação de antropólogo nasceu durante as viagens ao interior do Brasil.

Passou mais de metade da sua vida a estudar o comportamento dos índios americanos. Defendia que o ser humano não deveria ser visto como um habitante privilegiado do universo, mas como uma espécie passageira que deixará apenas alguns traços da sua existência quando estiver extinta.

Numa entrevista em 2005, Lévi-Strauss disse: “Dirigimo-nos para uma espécie de civilização à escala mundial (…) Estamos num mundo a que já não pertenço. Aquele que conheci, aquele de que gostei, tinha 1500 milhões de habitantes. O mundo actual tem seis mil milhões de humanos. Já não é o meu.”

Relembramos Claude Lévi-Strauss, quando passam 103 anos do seu nascimento.

Bibliografia de Claude Lévi-Strauss

Evelyn Waugh

“Pontualidade é a virtude do chato.”

Evelyn Waugh

Evelyn Waugh

Escritor inglês, considerado um dos grandes mestres da sátira moderna, publicou mais de sessenta livros. O seu maior sucesso literário foi “Reviver o Passado em Brideshead”, que retrata o mundo de Oxford no final de 1920.

Tentou a vida como professor, mas não conseguia aguentar um emprego por muito tempo. Bebia muito gim e tinha ímpetos autodestrutivos. Em 1925, tentou o suicídio por afogamento, mas sem sucesso. Foi salvo pela literatura e pelo catolicismo, ao qual se converteu em 1930, depois de se divorciar da primeira mulher.

O clã Waugh tem uma vasta tradição literária. Somando a obra de filhos, netos e bisnetos do editor Arthur Waugh, pai de Evelyn, chega-se a cerca de 180 livros.

Destacamos Evelyn Waugh, quando passam 108 anos do seu nascimento.

Bibliografia de Evelyn Waugh

Ziraldo

“O importante é motivar a criança para leitura, para a aventura de ler.”

Ziraldo

Ziraldo

É um homem de oito ofícios: cartunista, pintor, dramaturgo, caricaturista, escritor, cronista, desenhador e jornalista. Nos anos 60, lança a sua primeira história em banda desenhada, “A Turma do Pererê” que lhe trouxe alguma fama. Fundou com outros humoristas, durante a ditadura militar, “O Pasquim”, um jornal não conformista.

Ganhou, em 1969, o Óscar Internacional de Humor no 32.º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e o Merghantealler, prémio máximo da imprensa livre da América Latina. Foi, ainda, convidado a desenhar o cartaz anual da Unicef, honra concedida pela primeira vez a um artista latino.

Em 1980, lançou aquele que seria um dos maiores fenómenos editoriais no Brasil, “O Menino Maluquinho”. O seu sucesso foi tão grande, que foi adpatado para banda desenhada, teatro, ópera infantil, cinema, entre outros.

Os seus trabalhos encontram-se traduzidos para diversas línguas como o inglês, espanhol, alemão, francês, italiano, etc. Falamos de Ziraldo, no dia em que celebra o seu 79.º aniversário.

Bibliografia de Ziraldo

Augusten Burroughs

Augusten Burroughs

Augusten Burroughs

Um dos escritores de maior destaque no actual panorama literário norte-americano, cujos livros de crónicas e de memórias oferecem uma perspectiva única, sarcástica e provocante sobre a vida quotidiana, tornou-se famoso pela publicação, em 2002, de “Running with Scissors”, uma muito aclamada autobiografia da sua infância e adolescência, que permaneceu mais de 2 anos no Top do New York Times. A obra veio a gerar enorme polémica, para além de um mediático processo judicial por difamação, movido pela sua família de adopção visada no livro, o que naturalmente também contribuiu para a popularidade do autor e foi depois adaptada ao cinema, com grande êxito, por Ryan Murphy.

Colabora regularmente com diversas publicações de renome, incluindo os jornais The New York Times, The London Times, The Guardian e a revista Out e continuou entretanto a publicar mais best sellers. Destacámos este singular escritor, no dia em que completa 46 anos.

Bibliografia de Augusten Burroughs

Eric Ambler

Eric Ambler

Eric Ambler

Inglês de origem e engenheiro de formação, iniciou a sua profusa carreira de guionista de cinema, ao ter servido nos serviços fotográficos e de cinematografia do exército americano, durante a Segunda Guerra Mundial, onde escreveu e realizou quase uma centena de filmes de propaganda e de instrução. Mas foi principalmente como escritor de romances de intriga política, ficção policial e espionagem internacional, muitos dos quais se converteram em clássicos universais do género e foram passados ao cinema, que ficou famoso.

Perfilhando inicialmente ideais de esquerda, o seu estilo literário e sentido de humor britânico, apoiado na sua experiência profissional, permitiram-lhe e serviram-lhe para exprimir, de forma subtil e acutilante, mas com verosimilhança, a sua crítica política e social e o seu contributo terá sido essencial para elevar o thriller à categoria de literatura nobre. Foi premiado internacional e reiteradamente com inúmeros galardões, entre os quais o Gold Dagger ou o Diamond Dagger, da British Crime Writers Association, ou o Edgar Award da Mystery Writers of America e, em 1981, foi ordenado oficial da Ordem do Império Britânico.

Depois de ter residido na Califórnia, optou por voltar a viver na Europa, a partir dos seus 50 anos, primeiro na Suíça e depois em Londres, tendo continuado a escrever numerosos romances até 1981, altura em que publicou as suas memórias sob o título “Here Lies Eric Ambler: An Autobiography”. Recordámos este incontornável autor, quando passam 13 anos da sua morte.

Bibliografia de Eric Ambler

Vasco Pratolini

Vasco Pratolini

Vasco Pratolini

Foi um autodidata, leu e estudou os clássicos para aprender italiano. Conviveu com figuras importantes para a sua formação como Alfonso Gatto e Elio Vittorini que tiveram uma grande influência na sua vida.

Algumas das suas obras foram adoptadas ao cinema por por realizadores tão conhecidos como Roberto Rossellini. Em 1964, foi nomeado ao Óscar pelo seu guião de “Le quattro giornate di Napoli”, de Nanni Loy, com Regina Bianchi, Pupella Maggio e Gian Maria Volonté.

Relembramos Vasco Pratolini, no dia em que faria 98 anos.

Bibliografia de Vasco Pratolini

Henri Bergson

“Há coisas que só a inteligência é capaz de procurar, mas que por si mesma nunca achará. E essas coisas só o instinto as acharia, mas nunca as procura.”

Henri Bergson

Henri Bergson

Foi um dos mais famosos e influentes filósofos franceses do início do século XX. Consagrou-se como grande filósofo em 1907, ao ter lançado o livro “A Evolução Criativa”.

A sua ideia básica é que a realidade é duração real. E o local em que se evidencia que a realidade é duração é a consciência, onde se unem a experiência e a intuição. A intuição é a alma da verdadeira experiência, o acto que nos coloca dentro das coisas; não um acto estático, mas uma actividade viva, a própria duração da realidade.

Recebeu, em 1927, o Prémio Nobel da Literatura. Quando passam 152 anos do seu nascimento, destacamos Henri Bergson.

Bibliografia de Henri Bergson

Arthur Miller

“Às vezes, penso que eu se fosse uma magnólia, iria querer ser um laranjeira; se fosse uma águia, iria querer ser um cavalo; se fosse um quadro, iria querer ser uma fotografia. Esqueço-me que devo ser o que sou. Pela evidência de ser o único que posso ser, só quando gostar disso é que posso sentir e passar felicidade. Fico a pensar que perdemos tempo demais em querer dar laranjas, em galopar velozmente ou em ser o clarão de um instante supremo. Cada qual deve acabar por agarrar a própria vida nos braços e beijá-la”.

Arthur Miller

Arthur Miller

Dramaturgo norte-americano, ficou conhecido sobretudo por ser o autor das peças “Morte de um Caixeiro Viajante” e “As Bruxas de Salem” e por se ter casado com Marilyn Monroe, em 1956. Estudou na Universidade de Michigan, onde começou a escrever peças teatrais. Ganhou notoriedade com “All My Sons” e afirmou-se com “Death of a Salesman”, em 1949. Seguiram-se, entre outras, “The Crucible”, “A View from the Bridge”, ou “Playing for Time”, com a que ganhou o Peabody Award. São, igualmente, da sua autoria, o romance “Focus”, o argumento cinematográfico, “The Misfits”, escrito para a sua então mulher Marilyn Monroe, a coleção de contos, “I Don’t Need You Anymore” e “Plain Girl”, um pequeno trabalho de ficção em prosa.

Recebeu, por duas vezes, o New York Drama Critics Award, foi agraciado com o Prémio Pulitzer em 1949 e com o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras, em 2002. (fonte: Infopédia)

No dia em que faria 96 anos, recordamos Arthur Miller.

Bibliografia de Arthur Miller

Oscar Wilde

Loucos e Santos

“Escolho os meus amigos, não pela cor da pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila dos olhos.
Tem que ter um brilho questionador e uma tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espíritos, nem os maus de hábitos.
Fico com os que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero respostas, quero o meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isto, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho os meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só ombros e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim, metade maluquice, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, que e lutem para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças para que não esqueçam o valor do vento no nosso rosto; e velhos para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem sou.
Pois vendo os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos nunca me esquecerei de que a ‘normalidade’ é uma ilusão imbecil e estéril…”

Oscar Wilde

Oscar Wilde

Celebramos hoje o 157.º aniversário do nascimento deste poeta, dramaturgo, novelista e ensaísta Irlandês, mestre em criar frases, marcadas por ironia, sarcasmo e cinismo. Para além de ter levado uma vida excêntrica e mundana, marcada pela controvérsia e humilhação, por episódios dramáticos e, no final, pela miséria, deixou uma obra incontornável, expoente máximo da literatura inglesa no período vitoriano, quer na poesia, ou no teatro, como em novelas, ou contos infantis.

O seu único romance, “O Retrato de Dorian Gray”, considerado por muitos como uma obra-prima da literatura inglesa e várias vezes convertido ao cinema, causou polémica, na altura, sendo considerado imoral pela sociedade vitoriana de mentalidade puritana e valores rígidos, mas tornou-se um símbolo da juventude intelectual “decadente” da época e das suas críticas à cultura dominante e algumas partes do livro foram mesmo usadas contra o autor, no processo judicial que o condenou a dois de prisão com trabalhos forçados.

Bibliografia de Oscar Wilde

Mario Puzo

“Tenho duas razões para continuar a escrever as histórias que tenho para contar: primeiro, porque me divirto; e segundo, porque cheguei à conclusão de que ler é muito melhor que comer, beber, jogar e ter mulher. Enfim, tudo o que já conheci na vida.”

Mario Puzo

Mario Puzo

Relembrámos hoje, quando faria 91 anos, o autor de um livro que originou um dos êxitos cinematográficos mais vistos, aclamados e premiados de sempre, “O Padrinho”, numa série de três filmes, lançados em 1972, 1974 e 1990, que ganharam diversos Óscares da Academia de Hollywood e em cujos guiões o autor participou também.

O escritor, descendente de imigrantes sicilianos, nascido e criado num bairro pobre e violento de Manhattan (Nova Iorque), desde cedo se viu atraído pelo jogo, paixão que nunca abandonou, mas também pelo gosto pela literatura e, quando anunciou à família a intenção de se dedicar à escrita, foi considerado mentalmente insano. Depois de se ter alistado na Força Aérea para combater na Segunda Guerra Mundial, permaneceu ainda algum tempo na Ásia e na Europa como adido militar, antes de regressar aos Estados Unidos para retomar estudos universitários de literatura e escrita criativa.

A sua consagração surge, depois de umas primeiras tentativas editoriais mal sucedidas, quando lhe é proposto escrever sobre a Mafia, daí nascendo o extraordinário projecto de “O Padrinho”. De então até à sua morte, em 1999, continuou a escrever romances de sucesso, oscilando entre os mundos da corrupção, da violência e do crime, e o espírito tradicionalista italiano transplantado para o desleixo dos valores nos Estados Unidos.

Bibliografia de Mario Puzo

e. e. cummings

Mergulha nos Sonhos

«mergulha nos sonhos
ou um lema pode ser teu aluimento
(as árvores são as suas raízes
e o vento é o vento)

confia no teu coração
se os mares se incendeiam
(e vive pelo amor
embora as estrelas para trás andem)

honra o passado
mas acolhe o futuro
(e esgota no bailado
deste casamento a tua morte)

não te importes com o mundo
com quem faz a paz e a guerra
(pois deus gosta de raparigas
e do amanhã e da terra)»

e. e. cummings, in “livrodepoemas” (Tradução de Cecília Rego Pinheiro)

e. e. cummings

e. e. cummings

Pertence à estirpe dos inventores da poesia moderna. Abominado por críticos e poetas conservadores, Cummings mereceu, em contrapartida, a admiração de escritores como Marianne Moore, William Carlos William, John dos Passos e Ezra Pound.

De entre as suas obras, destacam-se, “XLI Poems”, “W-Vi Va”, “95 Poems” e “Miscellany”, trabalho que constitui a expressão pura e simples do anarquismo romântico, celebrando o amor e a vitória do indivíduo sobre a massa anónima, amorfa e degradada.

Quando passam 117 anos do seu nascimento, relembramos e. e. cummings.

Bibliografia de e. e. cummings

José Marmelo e Silva

José Marmelo e Silva

José Marmelo e Silva

“José Marmelo e Silva é um caso singular, na novelística portuguesa contemporânea. Devem-se-lhe algumas das páginas superiores que se escreveram entre nós, nos últimos cinquenta anos. Nem todos deram por isso, o que não surpreende num meio literário «exemplarmente» corrupto. Já aqui o sublinhei: nunca tantos disseram bem de tantos; nunca levas compactas de parceiros, irmanadas no elogio mútuo, se afirmaram como hoje. Os italianos chamam-lhe mafia. E quem não paga o contributo fica de fora. Era o caso de Marmelo e Silva.” (Manuel Poppe)

Devido à publicação de “Sedução”, teve de concluir a licenciatura em Filologia Clássica na Faculdade de Letras de Lisboa, onde apresentou uma tese sobre Virgílio, “Um sonho de paz bimilenário: a poesia de Virgílio”.

Colaborou no semanário lisboeta O Diabo, com o pseudónimo Eduardo Moreno, e na revista Presença, de Coimbra, cidade em que conviveu com o grupo neo-realista.

A sua obra “Sedução” foi considerada «Obra-prima», por Baptista Bastos, «narração da força do desejo», por Urbano Tavares Rodrigues, um «livro de combate, um livro indisciplinador», segundo José Saramago.

Foi agraciado, em 1987, com a medalha de ouro da cidade de Espinho e foi condecorado, pelo então Presidente da República, Mário Soares, em 1988, com o grau de Comendador da Ordem de Mérito.

Quando passam 11 anos após a sua morte, relembramos José Marmelo e Silva.

Bibliografia de José Marmelo e Silva

Nora Roberts

Nora Roberts

Nora Roberts

“Nora Roberts é uma artista da palavra. Pinta a sua história e as suas personagens com vitalidade e realismo.” (Los Angeles Daily New)

É de ascendência irlandesa, tendo ambos os seus pais antepassados irlandeses e descreve-se a si própria como “uma mulher irlandesa de gema”.

É imensamente prolífica, tendo, em 1996, escrito o seu centésimo romance, “Montany Sky”. Em 1999 e 2000, quatro dos cinco romances que a USA TODAY considerou como os melhores bestsellers da literatura romântica tinham sido escritos por esta escritora.

Desde 1999 que todos os seus romances se tornam bestsellers do New York Times e 124 das suas obras entraram na lista das mais vendidas da Times, incluindo 29 livros que foram directamente para o 1.º lugar.

A revista Time nomeou-a como uma das 100 pessoas mais influentes em 2007, afirmando que “ela inspeccionou, dissecou, desconstruiu, explorou, explicou e exaltou as paixões do coração humano”.

Falamos de Nora Roberts, no dia em que festeja o seu 61.º aniversário.

Bibliografia de Nora Roberts

Mário de Andrade

Aceitarás o amor como eu o encaro?…

“Aceitarás o amor como eu o encaro?…
…Azul bem leve, um nimbo, suavemente
Guarda-te a imagem, como um anteparo
Contra estes móveis de banal presente.

Tudo o que há de melhor e de mais raro
Vive em teu corpo nu de adolescente,
A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente.

Não exijas mais nada. Não desejo
Também mais nada, só te olhar, enquanto
A realidade é simples, e isto apenas.

Que grandeza… a evasão total do pejo
Que nasce das imperfeições. O encanto
Que nasce das adorações serenas.”

Mário de Andrade

Mário de Andrade

Disse de si mesmo, “escrevo sem pensar, tudo o que o meu inconsciente grita. Penso depois: não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi.” Foi poeta, romancista, crítico de arte, musicólogo, fotógrafo, historiador e ensaísta e é considerado um dos criadores do modernismo no Brasil.

Começou a sua carreira artística na música e exerceu uma influência enorme na literatura moderna brasileira, tendo praticamente criado a poesia moderna deste país, com a publicação do seu livro “Paulicéia Desvairada”, em 1922.

As suas fotografias e os seus ensaios, que cobriam uma ampla variedade de assuntos, da história, à literatura e à música, foram amplamente divulgados na imprensa da época. Recordámos este marcante escritor brasileiro, na data em que passam 118 anos do seu nascimento.

Bibliografia de Mário de Andrade


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