“Tenho duas razões para continuar a escrever as histórias que tenho para contar: primeiro, porque me divirto; e segundo, porque cheguei à conclusão de que ler é muito melhor que comer, beber, jogar e ter mulher. Enfim, tudo o que já conheci na vida.”
Relembrámos hoje, quando faria 91 anos, o autor de um livro que originou um dos êxitos cinematográficos mais vistos, aclamados e premiados de sempre, “O Padrinho”, numa série de três filmes, lançados em 1972, 1974 e 1990, que ganharam diversos Óscares da Academia de Hollywood e em cujos guiões o autor participou também.
O escritor, descendente de imigrantes sicilianos, nascido e criado num bairro pobre e violento de Manhattan (Nova Iorque), desde cedo se viu atraído pelo jogo, paixão que nunca abandonou, mas também pelo gosto pela literatura e, quando anunciou à família a intenção de se dedicar à escrita, foi considerado mentalmente insano. Depois de se ter alistado na Força Aérea para combater na Segunda Guerra Mundial, permaneceu ainda algum tempo na Ásia e na Europa como adido militar, antes de regressar aos Estados Unidos para retomar estudos universitários de literatura e escrita criativa.
A sua consagração surge, depois de umas primeiras tentativas editoriais mal sucedidas, quando lhe é proposto escrever sobre a Mafia, daí nascendo o extraordinário projecto de “O Padrinho”. De então até à sua morte, em 1999, continuou a escrever romances de sucesso, oscilando entre os mundos da corrupção, da violência e do crime, e o espírito tradicionalista italiano transplantado para o desleixo dos valores nos Estados Unidos.
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