Quem a tem…
Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade.
Eu não posso senão ser
Desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertençaE sempre a verdade vença,
Qual será ser livre aqui,
Não hei-de morrer sem saber.
Trocaram tudo em maldade,
É quase um crime viver.Mas embora escondam tudo
E me queiram cego e mudo,
Não hei-de morrer sem saber
Qual a cor da liberdade.
Poeta, ficcionista, dramaturgo e ensaísta, natural de Lisboa e naturalizado brasileiro, em 1963, é autor de uma obra marcada, sobretudo, pela reflexão humanista acerca da liberdade do Homem.
Durante os seus estudos universitários, publicou, sob o pseudónimo Teles de Abreu, as suas primeiras composições poéticas em periódicos como “Presença” e travou conhecimento com o grupo de poetas que viria a reunir-se em torno de “Cadernos de Poesia”, convivendo, entre outros, com José Blanc de Portugal, Ruy Cinatti, Alberto Serpa e Casais Monteiro.
A sua obra ocupa uma posição singular na literatura contemporânea nacional e internacional, enquanto mediadora de uma história literária e cultural.
Considerado um dos grandes poetas de língua portuguesa e uma das figuras centrais da cultura do nosso século XX, relembramos Jorge de Sena, no dia em que faria 92 anos.
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