Arquivo de Outubro, 2010



“Filho, não é um bicho, chama-se ESTATÍSTICA!”

“Tem números?
Então provoca dores de cabeça…
Este é ainda um estigma que se tem em relação à estatística provocado pela sua ligação à matemática. A verdade é que a estatística está presente no nosso dia-a-dia, pelo que é necessário desmistificar a sua realidade. Pretende-se com este livro dar uma visão mais prática desta disciplina.” (Paulo Ferreira)

“Filho, não é um bicho, chama-se Estatística” é a 3.ª “auto-publicação” didáctica que o autor Paulo Ferreira edita através do SitiodoLivro.pt. Uma abordagem que pretende desvendar e simplificar o mundo da Estatística e apoiar todos os que a consideram ‘um bicho’ a tirarem partido dos seus benefícios.

Manuel Bandeira

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento… de desencanto…
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente…
Tristeza esparsa… remorso vão…
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

– Eu faço versos como quem morre.

Manuel Bandeira

Foi um poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro. Considerado o mais lírico dos poetas brasileiros, a sua poesia aborda temáticas quotidianas e universais.

O crítico da obra de Bandeira, Davi Arrigucci Jr. escreveu: “A poesia de Bandeira (…) tem início no momento em que sua vida, mal saída da adolescência, se quebra pela manifestação da tuberculose, doença então fatal. O rapaz que só fazia versos por divertimento ou brincadeira, de repente, diante do ócio obrigatório, do sentimento de vazio e tédio, começa a fazê-los por necessidade, por fatalidade, em resposta à circunstância terrível e inevitável”.

”Libertinagem” apresenta alguns poemas fundamentais para se entender a sua poesia: “Vou-me embora pra Pasárgada”, “Poética”, “Evocação do Recife”, entre outros. No mesmo livro começam a aparecer assuntos que se tornariam frequentes na sua poesia, entre eles, o amor, a lembrança de vultos familiares e da infância e o folclore.

Relembramos Manuel Bandeira, 42 anos após a sua morte.

Anne Perry

É considerada uma das mais conceituadas escritoras da literatura policial das últimas décadas. No centro das suas histórias, encontra-se a Inglaterra vitoriana, fechada como um casulo, num conjunto de rígidas regras de conduta social.

Escreve duas séries distintas, uma protagonizada por Thomas Pitt, um detective da polícia de origem social modesta e por Charlotte, uma jovem de boas famílias e a outra pelo detective amnésico William Monk. Ambas as séries são inspiradas em personalidades da época e os casos em que os detectives se envolvem conservam reminiscências de crimes realmente acontecidos. Destacamos Anne Perry, no dia em que festeja o seu 72.º aniversário.

Anne Perry

Salazar e os monárquicos: A tentativa restauracionista de 1951

“Desde os seus tempos de aluno de Direito em Coimbra que, segundo testemunhos idóneos, Salazar era considerado monárquico. Para isso, muito contribuiu também o facto de ter sido processado, em 1919, juntamente com outros professores, acusado de fazer propaganda monárquica nas suas aulas. Salazar, todavia, nunca afirmou publicamente que era monárquico e, em vários momentos da sua vida pública, considerou mesmo secundária a questão do modo de designação do chefe do Estado. Por motivos vários, grande parte dos monárquicos aderiu ao “Estado Novo” e alimentou a esperança de que o regime possibilitaria, em data futura e num condicionalismo favorável, a restauração da monarquia.”

(Carlos Guimarães da Cunha)

Recorrendo à “auto-publicação”, através do SitiodoLivro.pt , Carlos Guimarães da Cunha, licenciado em História e mestre em História Contemporânea, vem  oferecer-nos uma nova obra ensaística sobre a movimentação monárquica de 1951. O livro “Salazar e os monárquicos: A tentativa restauracionista de 1951” surge no mercado editorial com o intuito de explicar o que se passou com aquela movimentação e as circunstâncias em que a mesma ocorreu.

François Mauriac

«De nada serve ao homem conquistar a Lua se acaba por perder a Terra»

François Mauriac

Romancista, ensaísta, poeta, dramaturgo e jornalista francês. Pertenceu à corrente de escritores católicos franceses e as suas novelas, austeras e algo sombrias, são dramas psicológicos na análise da realidade da vida moderna. A obra ”O ninho das vespas” é considerada a sua obra prima.

Em França, é considerado o maior novelista francês, depois de Marcel Proust. Foi laureado com o Prémio Nobel da Literatura em 1952. Falamos de François Mauriac, no dia do 125.º aniversário do seu nascimento.

Parceria com a livraria “LeYa na Barata”

Inaugurámos neste fim-de-semana, com a apresentação do livro “Memórias de um amor”, uma profícua colaboração com a livraria “LeYa na Barata“, na Av. de Roma, em Lisboa, mediante a qual, os autores que auto-publiquem, através do SitiodoLivro.pt, poderão realizar as sessões de lançamento das suas obras neste prestigiado e atraente espaço, já um ex-libris do panorama livreiro de Lisboa.

Por outro lado, permanecerá uma estante nesta livraria, dedicada exclusivamente à venda de todos os livros publicados por nosso intermédio, estando, nesta altura, já aí expostos mais de 60 títulos. Desta forma, passámos a dispor de um ponto de venda físico para as nossas publicações, para além da nossa livraria online.

Aqui queremos deixar a nossa expressão de agradecimento à “LeYa na Barata”, pela fantástica oportunidade que, assim, nos concede, de divulgar e valorizar o nosso conceito editorial.

A “LeYa na Barata” localiza-se na Av. de Roma, n.º 11 A, em Lisboa.

Harold Pinter

O Teu Olhar nos Meus Olhos

“Sempre onde tu estás
Naquilo que faço
Viras-te agarras os braços

Toco-te onde te viras
O teu olhar nos meus olhos

Viro-me para tocar nos teus braços
Agarras o meu tocar em ti

Toco-te para te ter de ti
A única forma do teu olhar
Viro o teu rosto para mim

Sempre onde tu estás
Toco-te para te amar olho para os teus olhos.”

(Harold Pinter, in “Várias Vozes”)

Harold Pinter

Destacámos hoje, quando perfaria 80 anos, um notável artista multifacetado, poeta, actor, guionista e encenador, mas, sobretudo, um dos grandes dramaturgos britânicos da segunda metade do Século XX, o que lhe valeu ser galardoado com o Nobel da Literatura em 2005. Quando do anúncio da atribuição deste prémio, a Academia Sueca descreveu-o como um escritor “que, nas suas peças, descobre o precipício sob a conversa fútil do dia-a-dia e força a entrada nas salas fechadas da opressão”.

Pinter reconheceria que a sua vida fora sempre muito marcada pela experiência de, aos nove anos de idade, ter sido obrigado a sair de Londres por causa dos bombardeamentos da II Guerra Mundial, só regressando três anos depois.

João Cabral de Melo Neto

“…E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina.”

(in “Morte e Vida Severina”)

João Cabral de Melo Neto

Destacamos hoje, aos onze anos da sua morte, um diplomata brasileiro, mas que foi, sobretudo, um grande poeta, que inaugurou um novo modo de fazer poesia na literatura brasileira e que “levou a crítica a ver na sua obra uma ‘ruptura com o lirismo’ ou a considerar a sua expressão poética como ‘antilírica'”. Quando morreu, em 1999, aos 79 anos, especulava-se que era um forte candidato ao Prémio Nobel de Literatura.

Jacques Derrida

É um dos filósofos mais importantes do século XX, “pai” do desconstrucionismo, pensamento que influenciou a literatura, a filosofia e a ética contemporâneas. Durante mais de 20 anos, não se lhe conheceu o rosto. “Tive sempre objecções ideológicas em relação à fotografia convencional do autor”. “A Voz e o Fenómeno” e “O Monolinguismo do Outro”, entre muitas outras, encontram-se traduzidas para português. Recordamos Jacques Derrida, 6 anos após a sua morte.

Jacques Derrida

Nobel da Literatura 2010 atribuído a Mario Vargas Llosa

Mario Vargas Llosa

Edgar Allan Poe

«A perversidade é um dos impulsos primitivos do coração humano»

Edgar Allan Poe

Foi escritor, poeta, romancista, crítico literário e editor. Considerado, juntamente com Júlio Verne, um dos precursores da literatura de ficção científica e fantástica modernas, alcançou a fama a escrever poemas e histórias de mistério e de terror. ”A Narrativa de Arthur Gordon Pym”, obra de prosa em que combinou factos reais com as suas fantasias mais insanas, tornou-se umas das suas obras mais conhecidas a par de ”Os Crimes da Rue Morgue” e dos seus ”Contos Fantásticos.

Falamos de uma figura incontornável da literatura norte-americana, Edgar Allan Poe, a 161 anos da sua morte.

Tikitou e o Bicho-Papão

A aurora nasce na planície, o primeiro dia da Primavera estendeu o seu grande manto de verdura, de flores.

O sol, brilhante, anuncia o início dos dias quentes.

Sem mais demoras e impaciente, Tikitou parte ao encontro desta natureza tão generosa.

Mas, no caminho…

‘Tikitou e o Bicho-Papão’, no título original   ‘Tikitou et le Croquemitaine’ foi escrito por Patrice Lesueur e encontra-se agora disponível na língua portuguesa através de uma tradução de Alice da Fonseca A. G. Alexandre. Um livro infanto-juvenil, dos 4 aos 12 anos, que promete encantar todas as crianças com a sua simplicidade e alegria.

Acompanhe a primeira das muitas aventuras que o Tikitou vai ter, através do SitiodoLivro.pt.

Alfred Tennyson

«Dizem que a dor nos torna sábios»

Alfred Tennyson

Foram inúmeras as páginas que Fernando Pessoa lhe dedicou. Enquadrava-o no “terceiro grau da poesia lírica”, “aquele em que o poeta, ainda mais intelectual, começa a despersonalizar-se, a sentir, não já porque sente, mas porque pensa que sente; a sentir estados de alma, que realmente não tem, simplesmente porque os compreende”.

Foi poeta no reinado da Rainha Victória, tendo sido, precisamente, “poeta laureado” oficial do Reino Unido, desde 1850 até à sua morte.Em 2009, por ocasião dos 200 anos do seu nascimento mas também dos 150 da sua visita a Portugal, foi publicado o seu primeiro livro em português, intitulado ”Poemas”. Falamos de Alfred Tennyson, 118 anos após a sua morte.

Václav Havel

“A tragédia de um homem moderno não é que saiba cada vez menos sobre o significado da sua própria vida, mas sim que isso o importe cada vez menos.”
(Václav Havel, in “Cartas a Olga”)

Václav Havel

Destacamos hoje, quando perfaz 74 anos, um autor peculiar, mas não menos interessante, que se notabilizou pela sua carreira política, primeiro como resistente, tendo chegado a estar preso, e combatente pela liberdade e pelos direitos humanos e, depois, como dirigente político do seu país de origem, a Checoslováquia e, mais tarde, da República Checa.
A sua obra literária foi censurada e perseguida e tornou-se uma referência moral na sua nação. Em 1990, recebeu o Prémio da Paz, outorgado pelos livreiros alemães e, em 1991, o Prémio Carlos Magno, concedido em Aix-la-Chapelle. Actualmente, projecta estrear-se também como realizador de cinema, “um sonho de infância”, como revela.

Anne Rice

É uma autora consagrada de best-sellers, na área da literatura de fantasia e gótica. Alcançou a notoriedade com ”Entrevista com o Vampiro”, ”A Rainha dos Malditos” e ”A Hora das Bruxas”, entre outros êxitos. Destacamos Anne Rice, no dia do seu 69.º aniversário.

Anne Rice

Gore Vidal

“Nada mais grotesco do que dois americanos congratulando-se por serem heterossexuais. Isto só acontece nos Estados Unidos. Nunca vi dois italianos congratulando-se por gostarem de mulheres. Para eles, isso é normal.”

(Gore Vidal)

Gore Vidal

Mordaz, controverso e contundente, é um dos nomes incontornáveis da literatura americana das últimas décadas, graças à sua multifacetada actividade como romancista, dramaturgo, ensaísta e guionista, tendo produzido uma extensa obra de grande qualidade. Chegou mesmo a candidatar-se ao Congresso dos EUA pelo Partido Democrata, ganhando notoriedade como crítico acutilante da sociedade norte-americana. Falamos de Gore Vidal, que hoje festeja o seu 85.º aniversário.

Augusto Cury

«A maior aventura de um ser humano é viajar,
E a maior viagem que alguém pode empreender
É para dentro de si mesmo.
E o modo mais emocionante de realizá-la é ler um livro,
Pois um livro revela que a vida é o maior de todos os livros,
Mas é pouco útil para quem não souber ler nas entrelinhas
E descobrir o que as palavras não disseram…»

Augusto Cury

Considerado o “campeão da auto-ajuda”, os seus livros vendem-se, às dezenas de milhões de exemplares, por todo o mundo. Muito poucos desfrutam da fama e da procura deste psicoterapeuta, a quem, hoje, damos os parabéns, por completar 52 anos.

Books vs. E-Books

Curioso e elucidativo poster, publicado pela Newsweek, ilustrando o combate competitivo entre o livro em papel e o livro electrónico.

Ao que parece, não haverá vencedor!

via http://www.newsweek.com/2010/08/03/back-story-books-vs-e-books.html

Daniel Boorstin

«Na competição em termos de prestígio apenas parece sensato tentarmos aperfeiçoar a nossa imagem em vez de nós próprios. Isso parece ser a forma mais económica e directa para produzirmos o resultado desejado. Acostumados a viver num mundo de pseudo-eventos, celebridades, formas dissolventes, e em imagens-sombra, nós confundimos as nossas sombras com nós próprios. A nós elas parecem mais reais que a realidade. Porque é que elas não deveriam parecer assim aos outros?»

Daniel Boorstin

Foi historiador, professor, advogado e escritor. Em 1959, lançou o primeiro volume de uma trilogia dedicada à história social e intelectual norte-americana, que concluiu em 1973. O terceiro volume desta obra, intitulado ”The Americans: The Democratic Experience”, valeu a Boorstin o prémio Pulitzer da área de história.

Em 1962 publicou ”The Image”, uma tese sobre as artes negras e as influências negativas da publicidade e das relações públicas. Ao longo da sua carreira examinou aspectos da cultura moderna, nomeadamente a imagem, os não-eventos e as celebridades.

Relembramos Daniel Boorstin, falecido em 2004, naquele que seria o seu 96.º aniversário.

“Banned Books Week 2010”

Evocamos a “Banned Books Week 2010“, uma campanha contra a censura de livros, que decorre nos Estados Unidos, por todo o país, até ao próximo Sábado.

Eis aqui o cartaz alusivo à campanha deste ano.


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