O Teu Olhar nos Meus Olhos
“Sempre onde tu estás
Naquilo que faço
Viras-te agarras os braçosToco-te onde te viras
O teu olhar nos meus olhosViro-me para tocar nos teus braços
Agarras o meu tocar em tiToco-te para te ter de ti
A única forma do teu olhar
Viro o teu rosto para mimSempre onde tu estás
Toco-te para te amar olho para os teus olhos.”
(Harold Pinter, in “Várias Vozes”)
Destacámos hoje, quando perfaria 80 anos, um notável artista multifacetado, poeta, actor, guionista e encenador, mas, sobretudo, um dos grandes dramaturgos britânicos da segunda metade do Século XX, o que lhe valeu ser galardoado com o Nobel da Literatura em 2005. Quando do anúncio da atribuição deste prémio, a Academia Sueca descreveu-o como um escritor “que, nas suas peças, descobre o precipício sob a conversa fútil do dia-a-dia e força a entrada nas salas fechadas da opressão”.
Pinter reconheceria que a sua vida fora sempre muito marcada pela experiência de, aos nove anos de idade, ter sido obrigado a sair de Londres por causa dos bombardeamentos da II Guerra Mundial, só regressando três anos depois.
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