Archive for the 'Notoriedades' Category



José Pacheco Pereira

«Sou exactamente o mesmo homem que há trinta anos andava a fugir à polícia política, a combater o regime, apesar de as circunstâncias se terem alterado.»

José Pacheco Pereira

José Pacheco Pereira

Iniciou, desde cedo, a sua actividade política de oposição ao anterior regime, tendo mesmo vivido na clandestinidade, da qual só sairia completamente após 11 de Março de 1975. Acabaria por aderir ao PSD em 1988, tendo sido seu deputado na AR, entre 1987 e 1999 e de 2009 a 2011 e lider parlamentar deste partido por duas vezes. Foi deputado e vice-presidente do Parlamento Europeu, entre 1999 e 2004.

É cronista do jornal Público e da revista Sábado, tendo antes colaborado no Semanário e no Diário de Notícias. Integra o painel de comentadores do programa a “Quadratura do Círculo”, na SIC Notícias e faz ainda, actualmente, o programa “Ponto/Contraponto”, neste mesmo canal.

Autor de um dos blogues portugueses mais populares, o “Abrupto”, tem vasta obra publicada, tendo dedicado parte da sua pesquisa ao estudo do comunismo.

Em 2004, foi nomeado embaixador de Portugal na UNESCO, mas renunciou ao cargo antes de o ocupar, invocando razões de independência política. Em 2005, foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, por Jorge Sampaio.

Possui, na sua casa da Marmeleira, provavelmente a maior biblioteca privada portuguesa.

Destacamos José Pacheco Pereira, no dia em que celebra o seu 63.º aniversário.

Bibliografia de José Pacheco Pereira

Umberto Eco

“Nem todas as verdades são para todos os ouvidos.”

Umberto Eco

Umberto Eco

Ensaísta, professor e filósofo italiano, doutorou-se precocemente, com apenas 22 anos e, para além de ser professor universitário, começou a escrever em publicações periódicas uma série de artigos que seriam reunidos posteriormente em livros referenciais. Passou a dedicar-se, nos anos 70, ao estudo da semiótica, estabelecendo novas perspectivas sobre o assunto, sob a influência de filósofos como John Locke, Kant e Peirce.

Mas foi pelos seus cinco romances que ficou mundialmente famoso, destacando-se “O Nome da Rosa”, a sua primeira obra e imediatamente considerada como um clássico da literatura mundial. Contando as andanças de um monge do século XIV que é chamado a uma abadia beneditina para solucionar um crime, restabeleceu a velha contenda entre o mundo material e o espiritual e foi adaptada com êxito ao cinema em 1986, pela mão do realizador Jean-Jacques Annaud. Outro romance seu muito popular é “O Pêndulo de Foucault”, enredo que trata de uma conspiração de sociedades secretas com intenções de governar o mundo.

Intelectual eclético e especialista em Idade Média, é autor de vários ensaios sobre linguística, comunicação e filosofia e assina uma coluna bimensal no L’Espresso e escreve regularmente no La Repubblica, bem como noutros grandes diários europeus.

Quando festeja, hoje, o seu 79.º aniversário, destacamos Umberto Eco.

Bibliografia de Umberto Eco

Benito Pérez Galdós

“A experiência é uma chama que só ilumina queimando”.

Benito Pérez Galdós

Benito Pérez Galdós

Foi um reconhecido e notável romancista e dramaturgo espanhol, nascido em meados do Século XIX. Recebeu uma educação rígida e religiosa que, ainda assim, não o impediu de entrar em contacto, desde muito jovem, com o liberalismo, doutrina que seguiu nos seus primeiros anos de vida política.

Escreveu, para o jornal La Nación, “Episodios Nacionales”, inspirados nos relatos de guerra que o seu pai lhe havia contado. Redigiu um total de vinte histórias que foram um êxito desde o início.

Autor de uma obra extensa, publicou mais de trinta romances e numerosos volumes de ficção curta, textos jornalísticos e ensaios.

Durante os últimos anos da sua vida dedicou-se à política, mas devido aos problemas económicos em que se encontrava, viu-se obrigado a voltar aos “Episodios Nacionales” e escreveu ainda mais três séries.

Relembramos Benito Pérez Galdós, 91 anos após a sua morte.

Bibliografia de Benito Pérez Galdós

André Franquin

“Quando vejo um Franquin, por exemplo, digo para mim: Como podemos comparar-nos? Ele é um grande artista, à beira do qual eu não passo de um mísero desenhador.”

(Hergé)

André Franquin

André Franquin

Argumentista e desenhador, ficou famoso pela sua participação na série “Spirou et Fantasio“, de 1946 a 1968. “Spirou et Fantasio“, criada por Rob-Vel em 1938, passou então para a responsabilidade de um desenhador, principiante na altura, André Franquin mas, suas mãos, ganhou uma nova vida, cheia de aventuras, novos amigos e novos inimigos também.

Foi o criador de um dos animais imaginários mais fabulosos da nona arte, Marsupilami e, também, de um personagem genial, Gaston Lagaffe, o herói-sem-emprego e do jovem Petit Noël.

Franquin foi um dos membros do “bando dos quatro”, com Jijé, Morris e Will. Vencedor de vários prémios, entre os quais o Grand Prix National des Arts Graphiques (o “Nobel” da BD), é também um notável defensor de causas humanitárias, como as da Greenpeace, ou da Amnistia Internacional, transpondo as suas causas para os seus desenhos. Alheia às modas, a sua obra influencia gerações inteiras de autores e continua a encantar milhões de leitores.

Quando passam 88 anos do seu nascimento, relembramos André Franquin.

Bibliografia de André Franquin

Nicholas Sparks

“Sem amor não temos nada. Todas as emoções positivas têm origem no amor e todas as emoções negativas têm origem no medo.”

Nicholas Sparks

Nicholas Sparks

Tornou-se campeão de permanência nos tops de vendas mas, quando jovem, sonhava ser campeão de atletismo, do que teve que abdicar devido a um grave acidente, durante cuja recuperação escreveu o seu primeiro romance, nunca publicado.

Trabalhou em diversas actividades até que, quando era delegado de propaganda médica, uma agente literária descobriu o manuscrito do que viria a ser o seu primeiro livro publicado, “The Notebook”, (“O Diário da Nossa Paixão”) que, de imediato, se converteu num enorme êxito, mantendo-se durante 56 semanas consecutivas nos tops americanos.

Desde então, sucederam-se os best-sellers, dos quais 6 foram adaptados ao cinema, sempre protagonizados por actores famosos e que fizeram deste escritor o “golden boy” da ficção comercial americana e um autor consagrado mundialmente pelo público.

Católico fervoroso, contribui generosamente como filantropo para várias instituições de caridade, humanitárias e culturais, atribuindo também bolsas académicas. Damos-lhe hoje os parabéns pelos seus 46 anos.

Bibliografia de Nicholas Sparks

Paul Bowles

CENA IX

“Aqui está a matéria. Ainda não te desossaram.
Aqui está a cascata e o grilo.
Mexe um dedo. Grita. Faz um esgar –
A pesada respiração da terra contém o desespero.

Aqui estão as bocas fechadas na sua mudez, os ossos insensíveis.
Inveja as árvores com a sua dor, decepa os anos que hão-de vir.
Destrói a águia do vale, afoga o grito do clarim –
A mente transformou-se em escorpião e vive entre as pedras.

Tudo o que a vontade quer são as tesouras e a esponja,
A coroa de úlceras, a imunidade.
Uma voz estrangeira sussurra nos quartos
E interminável é o penetrante garrote do sol.”

[in Poemas, de Paul Bowles, selecção e tradução de José Agostinho Baptista,
Assírio & Alvim, 2008]

Paul Bowles

Paul Bowles

Criador artístico talentoso e multi-facetado, como romancista, poeta, tradutor e músico, a sua residência em Tânger (Marrocos), onde viveu os últimos 52 anos da sua vida e era conhecido por “l’écrivain américain”, tornou-se pólo de atracção da geração Beat, incluindo Allen Ginsberg ou William S. Burroughs e também de vultos da literatura norte-americana, como Truman Capote, Tennessee Williams ou Gore Vidal, devido ao ambiente informal e indulgente que aí reinava. No seu hall da entrada, amontoavam-se permanentemente as malas dos hóspedes que o visitavam, em busca da sua personalidade cosmopolita, excêntrica e inconformista.

O livro que o tornou famoso, “The sheltering sky” (“O Céu que nos Protege”), convertido ao cinema por Bernardo Bertolucci, sob o título “Um Chá no Deserto” e em que pretendeu estabelecer a célebre diferença entre turista e viajante, reflecte, como de resto toda a sua obra ficcional, o absurdo do mundo moderno, da sua crueza e da corrupção.

Foi um viajante constante, por geografias exóticas e distantes, sempre com uma curiosidade insaciável e cujas experiências verteria nas suas obras, tanto literárias, como musicais. Passam hoje 101 anos do seu nascimento e por isso o evocamos.

Bibliografia de Paul Bowles

Alves Redol

“Não é difícil entender-se o que escrevo e porque escrevo. E também para quem escrevo. Daí o apontarem-me como um escritor comprometido. Nunca o neguei; é verdade. Mas também é verdade que todos os escritores o são.”

(do livro “FANGA“)

Alves Redol

Alves Redol

Celebra-se hoje o centenário do nascimento da figura maior da literatura neo-realista portuguesa, como romancista, dramaturgo e também ensaísta. Natural de Vila Franca de Xira, iniciou a sua vida profissional de forma errática, desempenhando diversas actividades, primeiro em Angola, onde conheceu a miséria e depois em Lisboa, acabando por aderir ao Partido Comunista e militar na resistência ao regime do Estado Novo, usando a sua escrita como forma de intervenção social e política. Foi vigiado e perseguido e chegou mesmo a ser detido por duas vezes, em 1944 e em 1961.

O seu estilo simples e romanesco valeu-lhe o êxito junto do grande público, mas o ataque impiedoso da crítica, o que o escritor corroborava pela despretensão e modéstia literárias que explicitamente assumia. Autor de uma vasta obra, começou a publicar muito jovem, ainda com 15 anos e, para além de conferências e artigos em jornais, escreveu romances, contos, peças de teatro e estudos de etnografia, tomando como motivos centrais os dramas humanos vividos na sociedade ribatejana e também na região duriense.

A ele se referiu Matilde Rosa Araújo dizendo: “Se me puder lembrar objectivamente de Redol, para além da memória que contorna a saudade de um amigo autêntico, terei a imagem de uma beleza exterior consonante com a interior, um destes recortes de vida que não se esquecem mais – não pelo pormenor, mas pelo todo que não se dissocia na força que dele emana.”

Nesta data, não poderíamos deixar de destacar este protagonista ímpar da literatura Portuguesa.

Bibliografia de Alves Redol

Vítor Serrão

“A arte é tão importante que pode legitimar as mais horríveis ideologias”

(in entrevista a Kulturiart)

Vítor Serrão

Vítor Serrão

Filho do também historiador Veríssimo Serrão, é um dos principais investigadores e especialistas portugueses em História da Arte, professor catedrático da Universidade de Lisboa e membro das Academias Nacional de Belas-Artes e Portuguesa da História. Foi agraciado, em 2008, pelo Presidente da República, com a Comenda da Ordem de Santiago da Espada e deve-se-lhe, entre outros cometimentos, o lançamento da revista Artis e a criação do Mestrado em Estudos do Património.

A sua obra é reconhecida internacionalmente e está centrada no estudo da arte portuguesa do Renascimento, do Maneirismo e do Barroco.

Destacámos este insigne académico, no dia em que perfaz 59 anos.

Bibliografia de Vítor Serrão

Alberto Pimenta

«o carrinho dos uísques
e das revistas
a dizer coisas…
quem o empurra
é o cônjuge periódico

diz que a marca dos uísques
é sobretudo uma questão
de agradar ao olho.

se o papel fosse mais macio
podia-se
dizer o mesmo das revistas.»

Alberto Pimenta

Alberto Pimenta

Para melhor marcar simbolicamente o conteúdo satírico e insurrecto da sua obra, protagonizou eventos insólitos e desconcertantes, como quando, em Julho de 1977, se encerrou numa jaula de macacos no Jardim Zoológico de Lisboa ou, em Maio de 1991, se expôs para venda à porta da Igreja dos Mártires ou ainda, em Junho do mesmo ano, queimou publicamente o seu ensaio “O Silêncio dos Poetas”, entre vários outros episódios.

Esteve longamente auto-exilado por oposição política ao regime do Estado Novo, desde que foi demitido, em 1963, do seu cargo de leitor de Português na Universidade de Heidelberg, mas aí se manteve até 1977, quando finalmente regressou a Portugal.

Licenciado em Filologia Germânica na Universidade de Coimbra, desenvolveu uma intensa actividade literária relacionada com os movimentos experimentalistas, como poeta, narrador, dramaturgo, crítico e ensaísta e os seus textos, por vezes publicados numa configuração gráfica original, assumem um sentido polémico e vanguardista, como os seus próprios títulos podem evidenciar.

Dos seus livros mais notórios, apontamos “Discurso sobre o filho-da-puta” (1977), obra inclassificável que se avizinha do ensaio, “O silêncio dos poetas” (1978), um estudo sobre a poesia concreta e visual ou, “Ainda há muito para fazer” (1998), um longo poema que parodia os discursos publicitários e da internet.

Na data em que festeja os seus 74 anos, destacamos Alberto Pimenta.

Bibliografia de Alberto Pimenta

Manuel Lopes

Manuel Lopes

Manuel Lopes

A sua obra estende-se pelo romance, conto, ensaio e poesia. Recebeu por duas vezes o Prémio Fernão Mendes Pinto, pelas suas obras “Chuva Braba” e “Galo Cantou na Baía“. Recebebeu também o Prémio Meio Milénio do Achamento das Ilhas de Cabo Verde, pelo seu livro “Os Flagelalos do Vento do Leste“, obra esta que viria a ser adaptada, posteriormente, ao cinema.

É um dos escritores mais conhecidos de Cabo Verde, tendo colaborado com escritos seus em diversas publicações, nomeadamente, Claridade, Atlântico, Notícias de Cabo Verde, Renascimento, entre outras. Foi co-fundador da revista Claridade, em 1936. Encontra-se também representado em diversas antologias.

Passou por Coimbra, onde estudou, pela Ilha do Faial, nos Açores, onde viveu até se fixar em Lisboa, a partir dos anos 60, onde acaba por falecer em 25 de Janeiro de 2005.

Destacamos, hoje, Manuel Lopes quando, passam 104 anos do seu nascimento.

Bibliografia de Manuel Lopes

Heinrich Böll

“A poesia é a impressão de estar sempre em contacto com a morte.”

Heinrich Böll

Heinrich Böll

Ganhou, em 1967, o prémio Buchner, que é a maior honra literária da Alemanha. Durante a sua vida, publicou 8 romances, vários contos, sátiras brilhantes, peças radiofónicas e duas peças de teatro e, em 1972, foi laureado com o Nobel da Literatura.

Por ter sido o principal intelectual envolvido nos debates acerca do terrorismo e da guerra do estado contra este, a sua figura estava tão estabelecida no seio da comunidade alemã que, em 1970, uma sondagem concluiu que era reconhecido por 89% da população alemã.

Antes da sua morte, o seu trabalho foi traduzido para mais de 30 línguas. Permanece como um dos autores alemães mais notórios e, em 2010, foi publicada uma edição de 17 volumes contendo a reprodução integral da sua obra.

Infelizmente, alguns dos seus originais perderam-se em 2009, quando do colapso do Arquivo Municipal de Colónia.

Falamos de Heinrich Böll, que faria hoje 94 anos.

Bibliografia de Heinrich Böll

Sandra Cisneros

«Eu digo sempre às pessoas que me tornei numa escritora, não porque fui à escola, mas porque a minha mãe me levou à biblioteca (…)»

Sandra Cisneros

Sandra Cisneros

Romancista, contista, ensaísta e poetisa americana, é uma das primeiras escritoras hispânico-americanas que atingiu sucesso comercial. É laureada por académicos e críticos literários pelos seus trabalhos que ajudaram a trazer a perspectiva de mulheres de origem mexicana-americana para a literatura feminina de massas.

Apercebendo-se que as suas experiências enquanto mulher latina eram únicas e diferentes da cultura americana dominante, decidiu escrever acerca dos conflitos que a afectaram durante o seu crescimento, como sentimentos de alienação e degradação social infligida pela pobreza.

Era a única menina de sete irmãos e as tentativas dos seus irmãos de a fazer assumir um papel feminino tradicional reflectem-se nas correntes feministas da sua escrita, glorificando heroínas que sonham com independência económica e em que celebra a sexualidade “matreira” das mulheres.

O melhor exemplo de como a sua escrita fala das experiências dos marginalizados pela sociedade americana é a obra “A Casa na Rua das Mangas“. Nesta obra amplamente aclamada pelos críticos, professores, adultos e adolescentes, Cisneros introduz os leitores a Esperanza, uma pobre adolescente latina que anseia por um quarto só dela e uma casa de que ela se possa orgulhar. Apesar de Cisneros se destacar principalmente pelo seu trabalho na ficção, a sua poesia também atraiu alguma atenção.

Falamos de Sandra Cisneros, quando festeja hoje o seu 57.º aniversário.

Bibliografia de Sandra Cisneros

Italo Svevo

«Uma das grandes dificuldades da vida é adivinhar qual é o desejo de uma mulher.»

Italo Svevo

Italo Svevo

Teve aulas de inglês com o escritor James Joyce, de quem se fez amigo e que o encorajou a escrever. Em 1923, publicou “A Consciência de Zeno”, livro que saiu sem maior repercussão, tal como os seus dois anteriores, até Joyce passar o romance a dois críticos franceses (Valéry Larbaud e Benjamin Cremieux), que promoveram a sua publicação em França e finalmente tornaram Svevo famoso.

Não é considerado um autor clássico da sua época, uma vez que escreveu romances introspectivos, baseados na psicanálise, quando a Europa ainda estava imersa na atmosfera positivista do romance do século XIX.

Em Portugal, existem traduzidos três dos seus livros mais emblemáticos, “A Consciência de Zeno“, “Curta Viagem Sentimental” e “Últimos Cigarros“. Falamos de Italo Svevo, quando passam 150 anos do seu nascimento.

Bibliografia de Italo Svevo

Onésimo Teotónio de Almeida

“Gosto de humor em qualquer situação. É uma óptima ferramenta para sublinhar uma ideia, torna-a mais interessante. Quanto à ironia, é sempre preferível ao sarcasmo porque pede mais distância. O sarcástico é muito envolvido e emotivo, com fúria e raiva. […]”

(in entrevista ao jornal i)

Onésimo Teotónio de Almeida

Onésimo Teotónio de Almeida

Açoriano de origem, mas radicado nos E.U.A. desde há quase 40 anos, onde se estabeleceu como professor universitário de língua e cultura portuguesa, prima sempre pelo humor, quer na conversa, quer na escrita. Cronista regular em alguns periódicos portugueses de referência, é um dos grandes pensadores e prosadores dos nossos dias e autor de uma obra composta por mais de uma centena de ensaios e textos publicados em Portugal, E.U.A, Brasil, França e Inglaterra.

O seu último livro, “Onésimo, Português sem Filtro”, nas suas próprias palavras, trata sobre “Portugal, os portugueses, a América, os americanos, os luso-americanos e os Açores, […] o quotidiano dos mundos que habita, das personagens que encontrou, […] e pretende animar os ainda com fôlego e capacidade de resistência, […]” no meio “do cinzento e do pessimismo nacional.”

Destacamos este autor no dia em que festeja 65 anos.

Bibliografia de Onésimo Teotónio de Almeida

Alphonse Daudet

“Atingir a dúvida da dúvida é o começo da certeza.”

(Alphonse Daudet)

Alphonse Daudet

Alphonse Daudet

Autor de uma obra variada e satírica, num estilo cristalino e brilhante, deixando transparecer sentimentos de paixões recalcadas e retirando as suas personagens da vida parisiense, criou o héroi Tartarin, o personagem alegre e gabarola das novelas “Tartarin de Tarascon” e “Tartarin sur les Alpes”.

Escreveu várias composições poéticas em provençal, idioma falado no Languedoc, onde nasceu e foi criado e alcançou o sucesso ao publicar “Lettres de mon moulin”, em 1869, depois de ter migrado para Paris, com a ajuda do irmão, também escritor e onde iniciou a sua vida literária. Recordamos hoje este escritor francês do Século XIX, quando passam 114 anos da sua morte.

Bibliografia de Alphonse Daudet

José Tolentino Mendonça

Se me puderes ouvir

«O poder ainda puro das tuas mãos
é mesmo agora o que mais me comove
descobrem devagar um destino que passa
e não passa por aqui

à mesa do café trocamos palavras
que trazem harmonias
tantas vezes negadas:
aquilo que nem ao vento sequer
segredamos

mas se hoje me puderes ouvir
recomeça, medita numa viagem longa
ou num amor
talvez o mais belo.»

(in Baldios, Assírio & Alvim)

José Tolentino Mendonça

José Tolentino Mendonça

É licenciado em teologia e doutorado em Ciências Bíblicas. É capelão da Universidade Católica de Lisboa, onde dá aulas de teologia bíblica.

A sua poesia é considerada, unanimemente, como uma das mais rigorosas e originais da moderna poesia portuguesa. Como ensaísta, publicou “As Estratégias do Desejo” e textos sobre Ruy Belo, Teixeira de Pascoaes e Eugénio de Andrade. É biblista, tendo realizado estudos como “O Outro Que Me Torna Justo” e “Métodos de Leitura da Bíblia”. Do hebraico traduziu “Cântico do Cânticos” e “Livro de Ruth”.

Foi nomeado, há dias, pelo Papa Bento XVI, consultor do Conselho Pontifício da Cultura, organismo do Vaticano.

Foi laureado com o Prémio Cidade de Lisboa de Poesia (1998) e com o Prémio PEN Clube de Ensaio (2004).

Destacamos hoje, José Tolentino Mendonça quando festeja o seu 46.º aniversário.

Bibliografia de José Tolentino Mendonça

Antony Beevor

“A guerra civil espanhola é um dos poucos casos em que a história foi escrita pelos vencidos e não pelos vencedores.”

(Anthony Beevor)

Antony Beevor

Antony Beevor

É um escritor e historiador britânico, educado na Real Academia Militar de Sandhurst e discípulo do mais respeitado historiador britânico sobre a Segunda Guerra Mundial, John Keegan.

Elogiados e multi-premiados pela crítica, pelo seu estilo vivo, de descrição detalhada e levantamento investigativo e testemunhal dos factos, os seus livros são sempre um sucesso de vendas.

Festeja hoje o seu 65.º aniverário e por isso destacamos Antony Beevor.

Bibliografia de Antony Beevor

Fernando Dacosta

“O mundo está a jeito de ditaduras alcançáveis por voto, por terrorismo, por demagogia, por coacções de imprevisíveis consequências.”

Fernando Dacosta

Fernando Dacosta

Jornalista premiado e escritor galardoado, tem mais de 20 livros publicados nos géneros de reportagem, teatro, romance, narrativa e conto.

Trabalhou em vários jornais e revistas como Diário de Lisboa, Diário de Notícias, A Luta, JL, O Jornal, Público, Visão, entre outros. Colaborou em vários programas de rádio, de que se destaca Café Concerto, de Maria José Mauperrin, na Rádio Comercial, nos anos 80. Na RTP, em 1991/2, apresentou uma rubrica sobre literatura. Dirigiu os “Cadernos de Reportagem” e foi co-editor das edições Relógio de Água.

Em 2005, foi agraciado pelo Presidente da República com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique. Falamos de Fernando Dacosta quando celebra o seu 66.º aniversário.

Bibliografia de Fernando Dacosta

Fernanda Botelho

Fernanda Botelho

Fernanda Botelho

Relembramos hoje, 4 anos após a sua morte, esta escritora portuguesa, poetisa, ficcionista e notável tradutora, que foi co-fundadora da revista “Távola Redonda” e longo tempo colaboradora da Fundação Calouste Gulbenkian, além de ter contribuído para várias outras revistas e jornais e também, na TV, no programa “Convergência”. De entre a sua obra, destacamos “A Gata e a Fábula”, com que ganhou o Prémio Camilo Castelo Branco e “As Contadoras de Histórias”, que lhe mereceu, em 1998, o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores.

Da sua escrita, afirmou Jorge de Sena que, “era […] árida, sarcástica, anti-lirica […] vivendo a sua lucidez na desagregação e pela desagregação de uma desassombrada e cínica visão que usa insolitamente as palavras e os símbolos.”

Bibliografia de Fernanda Botelho

Jacquelyn Mitchard

Jacquelyn Mitchard

Jacquelyn Mitchard

Escritora norte-americana muito popular, é a autora do best-seller “The Deep End of the Ocean” (“Profundo Como o Mar”), o seu primeiro livro e também o primeiro a ser seleccionado para o “Oprah’s Book Club”, e que foi depois convertido ao cinema, com Michelle Pfeiffer no papel principal. Escritora muito eclética, como ensaísta e ficcionista para adultos ou infanto-juvenil, foi jornalista muitos anos, escrevendo para jornais e revistas como o Milwaukee Journal Sentinel, onde começou e se tornou famosa, ou a PARADE, a Wondertime e a Reader’s Digest, entre outras.

Mãe de nove filhos, vive numa fazenda em Wisconsin, com o seu segundo marido, depois de o primeiro, um repórter do The Capital Times, ter morrido de doença, aos 45 anos e fundou uma residência para mulheres e homens desfavorecidos pelas circunstâncias da vida, a “One Writer’s Place”, dedicada à terapia pela criatividade literária, mas entretanto já encerrada, apesar do seu êxito. Destacamos hoje Jacquelyn Mitchard, no dia do seu 55.º aniversário.

Bibliografia de Jacquelyn Mitchard


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