«Este livro é destinado àqueles que aproveitam as horas do dia para saborear pequenas histórias, deixando-se levar sem pressa de acabar. Com certeza o leitor vai encontrar palavras que o fazem viajar no tempo. Talvez até mesmo para o lembrar de um momento em que está adormecido na sua mente e, se calhar, amparar-se-á nalguma frase que estava prestes a dizer mas que insistia em não deixar escapar. Vale a pena dizer que não há aqui qualquer fragmento de literatura, apenas pensamentos despertados pelas cenas do quotidiano, comuns a todos nós. Encontrará aqui palavras de uma observadora da vida, alinhavadas em prosa.»
(Marifelix Lopes Saldanha,
autora do livro ‘Histórias vividas em prosa’)

Recorrendo aos serviços do SitiodoLivro.pt, Marifelix Lopes Saldanha auto-publica a obra ‘Histórias vividas em prosa’. Uma obra que narra factos do quotidiano de algumas cidades da Europa, exaltando e reflectindo sobre a beleza das paisagens e dos costumes típicos de sítios que despertam a curiosidade e refrescam as lembranças dos corações saudosos.
Deixamos-lhe aqui um breve excerto de uma das muitas histórias que pode ler em ‘Histórias vividas em prosa’:
‘Sentindo-se descontraída
O que é viver senão ter-se vontade de fazer isto ou aquilo que se lhe agrade. Ver o balanço e balançar, deslizar no trampolim e sentar-se com o rabo no chão, pisar na areia suja do parque e achar que é saudável, pois fica imune às doenças — assim dizem —, enfim, deixar-se levar pela brisa do vento que vem de longe, e quando lhe toca, é como quem quer brincar com a sua tez, a sua pele lisa e quente, os seus olhos claros e ávidos olhando profundamente para o mais profundo. Você anda com leveza, pisando solto, deixando o seu corpo esvair-se no tempo, na música que vem de longe, nos gritos das brincadeiras das crianças que, leves e soltas, também se deixam levar pelo vento.
É bom deixar que o corpo se deite sereno, comungando dos seus sentimentos no balançar da cadeira, aquela do canto, sempre à espera de alguém que nela se assente para se deixar embalar pela indolência, pela sua preguiça de cadeira preguiçosa e mãe do descanso.
Ah, como é bom saber que se vai dar um passo atrás de não sei quê, mas que vai até achar e parar e novamente procurar. Talvez alguma coisa que está no passado, que se esconde atrás da porta ou no meio do sofá da sala, mas que ali está, não se sabe bem o quê. Alguma coisa me leva, sinto dores nas pernas, mas os braços alcançam o que a alma lhes pede para apalpar e sentir e acalmar-se. Então a sensação da busca incessante do homem para, pois enfim atira-se ao chão e aquece-se inocentemente.’
http://www.sitiodolivro.pt/pt/livro/historias-vividas-em-prosa/9789892025544/
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