“A sabedoria não se transmite, é preciso que a descubramos, fazendo uma caminhada que ninguém pode fazer no nosso lugar e que ninguém nos pode evitar, porque a sabedoria é uma maneira de ver as coisas.”
Tendo vivido uma juventude cronicamente adoentado, que não lhe permitiu uma frequência escolar regular, nasceu no seio de uma família rica, o que lhe assegurou uma vida tranquila e lhe possibilitou frequentar os salões da alta sociedade da época, cujos costumes lhe forneceram material abundante para a sua escrita. Veio a desistir da carreira diplomática, para a qual se havia preparado, para se dedicar exclusivamente à literatura, legando-nos a sua obra literária, uma história da representação, da recriação literária do ser humano, nas suas infinitas reacções químicas diante das coisas que o fazem sentir dor ou prazer.
A sua obra principal, “Em Busca do Tempo Perdido”, foi publicada entre 1913 e 1927, sendo o primeiro volume editado à custa do autor, na pequena editora Grasset, ainda que muito rapidamente as edições Gallimard recuaram na sua recusa e aceitaram o segundo volume, pelo qual recebeu, em 1919, o prémio Goncourt. Trabalhou sem descanso a redacção dos livros seguintes desta saga, confinado no seu quarto, até 1922, quando faleceu esgotado, acometido por uma bronquite mal cuidada.
Cumprem-se hoje 140 anos do nascimento deste memorável escritor francês.
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