“O homem esquece que a alta tecnologia não exclui a crença religiosa.”
Chegou a ser o autor de ficção científica mais lido no mundo, facto raro para alguém que não escreve em inglês. Escreveu sobre a impossibilidade de comunicação entre humanos e civilizações extraterrestres e sobre o futuro tecnológico da humanidade e desenvolveu ideias de uma sociedade ideal e utópica, explorando os problemas relacionados com a existência humana, num mundo onde o progresso suprime todo o esforço.
Tendo sido activo resistente anti-nazi na altura da ocupação alemã, foi depois censurado, devido às suas divergências políticas, no seu país, de onde se exilou algum tempo em Berlim e Viena, durante a dominação do regime soviético, mas foi também banido da “Science Fiction and Fantasy Writers of America”, por ter criticado a fraca qualidade da literatura de ficção científica norte-americana, que considerava estar essencialmente interessada pela rentabilidade comercial. Os seus livros, de que “Solaris” é o mais conhecido, construídos em torno de uma visão crítica do comportamento humano, foram traduzidos em 57 línguas e venderam mais de 45 milhões de exemplares.
Trata-se, sem dúvida, de um dos grandes mestres contemporâneos deste género literário que, passados 5 anos da sua morte, hoje destacamos.
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