“…as pessoas podem fechar os olhos diante da grandeza, do assustador, da beleza, e podem tapar os ouvidos diante de uma melodia ou de palavras sedutoras. Mas não podem escapar ao aroma. Pois o aroma é um irmão da respiração, penetra nas pessoas, elas não podem escapar-lhe caso queiram viver. E bem para dentro delas é que vai o aroma, directamente para o coração, distinguindo lá categoricamente entre atracção e repulsa, horror e prazer, amor e ódio. Quem dominasse os odores dominaria o coração das pessoas.”
(in “O Perfume”, de Patrick Süskind)
Visto como um genial criador de histórias e ambientes, mas simultaneamente como controverso e “estranho”, escreve essencialmente contos, embora tenha tido também uma experiência ocasional, mas muito interessante, como dramaturgo e é ainda guionista de televisão e ensaísta. Com uma personalidade muito reservada e socialmente retraída, evita quaisquer eventos mediáticos e vive de forma muito austera. Confessa que desistiu, em jovem, de uma sonhada carreira musical devido a uma pequena deficiência física, aventurando-se então como contista e guionista.
É mundialmente conhecido pela famosa obra “O Perfume”, o seu primeiro romance, editado, pela primeira vez, em 1985, muito apreciado pela crítica e várias vezes premiado, considerado o livro da década de 80 na Alemanha e do qual foram vendidos cerca de 20 milhões de exemplares, em quarenta línguas. A obra, que foi publicada inicialmente em capítulos, com grande êxito, no jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung, fazendo reviver a tradição dos folhetins, veio a ser convertida ao cinema em 2006, por Tom Tykwer, com um elenco de celebridades, tais como Dustin Hoffman e Alan Rickman.
Hoje, quando completa 62 anos, destacamos este autor alemão.
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