O Elogio do Vício
“Admiro os viciados. Num mundo em que está toda a gente à espera de uma catástrofe total e aleatória ou de uma doença súbita qualquer, o viciado tem o conforto de saber aquilo que quase de certeza estará à sua espera ao virar da esquina. Adquiriu algum controlo sobre o seu destino final e o vício faz com que a causa da sua morte não seja uma completa surpresa.
De certo modo, ser um viciado é uma coisa bastante proactivista. Um bom vício retira à morte a suposição. Existe mesmo uma coisa que é planear a tua fuga.”
(Chuck Palahniuk, in “Asfixia”)
Emergiu, em finais dos anos 90, como uma das vozes mais originais do moderno romance norte-americano, um retratista desencantado dos novos anti-heróis. O seu livro “Clube de Combate” veio provar que estava viva toda uma tradição de humor negro e escrita cruel, herdada de autores como Kurt Vonnegut ou Don DeLillo.
Adaptado ao cinema, em 1999, por David Fincher, “Clube de Combate” foi, sem dúvida, a obra que o tornou conhecido e o confirmou como um escritor de culto. Seguiram-se, entre outros, títulos como “Non-Fiction”, “Choke-Asfixia”, “Lullaby” e “Sobrevivente”.
No dia em que celebra o seu 50.º aniversário, destacamos Chuck Palahniuk.
Muito interessante esta ideia, mesmo não concordando com ela.
É a prova irrefutável de que cada ideia tem vários pontos de
vista e nem sempre só o mais evidente…
O Sr. Chuck Palahniuk deu aqui um bom exemplo de poder de retórica.
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