”Sempre tenho confiança de que não serei maltratado na porta do céu, e mesmo que São Pedro tenha ordem para não me deixar entrar, ele ficará indeciso quando eu lhe disser em voz baixa: “Eu sou lá de Cachoeiro…”
Considerado, por muitos, o maior cronista brasileiro desde Machado de Assis, a popularidade da sua obra, toda ela composta de volumes de crónicas sucessivamente esgotados, é devida a uma linguagem coloquial e a temáticas simples. Como jornalista, foi repórter, redactor, editorialista e cronista em jornais e revistas brasileiros e desempenhou ainda o cargo de embaixador do Brasil em Marrocos. Arriscou-se como correspondente de guerra, na Segunda Guerra Mundial, mas foi no seu país que foi perseguido politicamente, chegando a ser preso algumas vezes. Teve a característica singular de ser o único autor brasileiro de primeira linha a tornar-se célebre exclusivamente através da crónica, um género literário tido como inferior.
Segundo o crítico Afrânio Coutinho, a marca registada dos textos de Rubem Braga é a “crónica poética, na qual alia um estilo próprio a um intenso lirismo, provocado pelos acontecimentos quotidianos, pelas paisagens, pelos estados de alma, pelas pessoas, pela natureza.”
Morreu, sozinho como desejara e pedira aos amigos, sedado num quarto de hospital, depois de os ter reunido num encontro em sua casa, que eles adivinharam ser de despedida (extraído de http://www.releituras.com/).
20 anos depois, destacámos, hoje, este popular autor brasileiro.
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