”Acho que devemos tentar dirigir-nos a todos, apresentando os nossos problemas como problemas humanos e por isso comovedores e apaixonantes para um vasto público.”
(Ahmadou Kourouma)
Foi preso em diversas ocasiões, exilou-se em vários países e, em 1994, regressou finalmente à Costa do Marfim, o seu país natal. A sua produção literária, apesar de não conter muitos títulos, conseguiu estabelecer-se como uma das mais importantes da literatura africana contemporânea, mas o seu reconhecimento foi sobretudo francês, língua em que escreveu todos os seus romances. Ganhou, entre outros, o prémio Renaudot (importante galardão literário francês, criado em 1926 por jornalistas e críticos literários) e o Prix Goncourt des Lycéens (prémio de literatura francesa criado pela FNAC, em 1988).
“Era o romancista mais original e criativo do seu tempo. Os seus romances ajudaram os africanos a olharem-se num espelho e, sobretudo, as suas obras permitiram aos homens políticos africanos abraçarem uma causa.” (Amadou Lamine Sall, poeta, presidente da Casa Africana de Poesia Internacional).
Hoje, ao passarem 7 anos da sua morte, evocamos este autor, tão importante para as causas em cujo combate se empenhou e que deu origem ao prémio literário homónimo, instituído em 2004, pelo “Salão Internacional do Livro” e que visa perpetuar a sua memória, ao distinguir romances ou ensaios sobre a África negra.
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