“Se não quiser ver uma pessoa politicamente infeliz, não lhe mostre os dois lados de uma questão para o preocupar; dê-lhe apenas um ou, melhor ainda, não lhe dê nenhum.” (Ray Bradbury, in “Fahrenheit 451”)
Faz hoje 90 anos o já mítico e polémico escritor norte-americano Ray Bradbury, autor das celebérrimas obras “Fahrenheit 451” e “Crónicas Marcianas”, que marcaram a literatura de ficção especulativa do século XX.
Em “Fahrenheit 451”, o ponto térmico da combustão do papel, o romance apresenta um futuro, numa sociedade oligárquica, onde todos os livros, considerados subversores da ordem instalada, são proibidos e queimados e o pensamento crítico é suprimido. A obra, que constituía uma crítica ao que Bradbury via como uma sociedade americana crescentemente disfuncional, foi passada ao cinema em 1966, por François Truffaut, com intrepretações de Oskar Werner e Julie Christie.
Ainda recentemente Bradbury voltou a gerar controvérsia numa entrevista ao Los Angeles Times, afirmando que “os Estados Unidos precisam de fazer uma revolução para pôr fim ao poder excessivo do governo” e criticando Obama por ter renunciado ao projecto norte-americano de exploração espacial.
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