«Em primeiro lugar, é o universo que deve ser interrogado sobre o homem e não o homem sobre o universo.»
Considerado o pai do Surrealismo, com a publicação, em 1924, do “Primeiro Manifesto Surrealista”, tornou-se figura primeira nos meios literários e agregou um grupo de artistas e intelectuais franceses seguidores das suas ideias, mas uma vontade impetuosa de acção, a par da sua rebeldia inata, impeliu-o a uma militância política que levou à sua adesão ao Partido Comunista Francês. No entanto, as contradições permanentes e radicais entre o idealismo surrealista e a doutrina marxista ditaram a sua expulsão daquele partido, apenas 6 anos depois.
Com o eclodir do nazismo e da 2.ª Guerra Mundial, o movimento surrealista ganhou projecção internacional e, na sequência da ocupação alemã da França, Breton refugiou-se nos Estados Unidos, de onde regressou 5 anos após, para dar continuidade ao seu movimento, organizando encontros e exposições e escrevendo poemas e ensaios. A sua obra maior, “Nadya”, talvez o melhor romance surrealista alguma vez escrito, resultou de uma paixão por uma paciente psiquiátrica homónima e reflecte as principais obsessões do autor.
Relembrámos este intelectual e escritor francês, no 116.º aniversário do seu nascimento.
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