”Muitas pessoas perdem as pequenas alegrias, enquanto anseiam pela grande felicidade.”
Circunstâncias familiares, já que o seu Pai era um missionário, tradutor para chinês da Bíblia, levaram-na a emigrar ainda criança para a China, pais onde acabou por passar grande parte da sua vida e que muito a marcou, tendo inclusive aprendido o seu idioma antes do inglês e vindo a dedicar-se a tarefas filantrópicas ou académicas e, por via disso e por ter acompanhado o primeiro marido na sua profissão de agrónomo, conheceu amplamente a China profunda. Depois de se refugiar no Japão, na sequência da eclosão da Guerra Civil Chinesa, radicou-se nos Estados Unidos e não mais regressou àquele País, em parte decepcionada com a política nele vigente, mas também por oposição do próprio governo chinês.
A sua muito extensa obra literária, premiada com um Pulitzer e com o Nobel e que lhe valeu a nomeação para o Instituto Nacional das Artes e Letras norte-americano, veio assim a ser emanada de toda a sua vivência na China e centrada nas cruéis realidades sociais com que se viu confrontada, denunciando também uma manifesta preocupação pelas condições de vida das mulheres e crianças asiáticas e vários dos seus livros foram convertidos ao cinema. A sua empenhada actividade humanitária, apoiada pelos seus sucessivos maridos, veio a culminar na criação da Fundação “Pearl S. Buck International”, intensa e extensivamente dedicada às causas por que a autora tanto se bateu (v. http://www.psbi.org/).
Tendo sido a primeira mulher escritora norte-americana a ganhar o Prémio Nobel, em 1938, o júri da Academia Sueca atribuiu-lho “pelas descrições ricas e realmente épicas da vida rural na China e pelas suas obras-primas biográficas” (cf. http://nobelprize.org/nobel_prizes/literature/laureates/1938/).
Passam hoje 38 anos da sua morte e assim a celebramos.
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