‘Após a Independência que pôs termo a um colonialismo de quinhentos anos, num País envolvido numa guerra civil fratricida, que se arrastava havia dez anos, guerra apoiada pelos blocos Soviético e Americano, “cooperantes” eram assim denominadas as pessoas que iam trabalhar para Angola. Não eram imigrantes, tinham um estatuto mais forte, era considerado que essas pessoas iam cooperar com o Governo instituído, fossem Portugueses, Cubanos, Soviéticos, Ucranianos, Romenos, Coreanos, Filipinos, Brasileiros, Franceses ou de outra nacionalidade, por acordos celebrados entre Países ou meramente por contratos individuais. “O CAMINHO DAS PEDRAS” é a história de alguns desses cooperantes que, nos conturbados anos oitenta, deixaram o seu País para trabalharem no misterioso e mítico continente Africano, numa empresa de exploração de diamantes, mais pelos elevados salários, pelo espírito de aventura, pela realização pessoal, do que propriamente por motivação ideológica ou sentimento altruísta de ajuda a um povo orgulhoso extremamente carenciado que lutava com todas as suas forças para sobreviver, sozinho, ao parto extremamente doloroso e sangrento da sua independência.’
Recorrendo à auto-publicação e aos serviços de apoio à edição disponíveis no SitiodoLivro.pt, João Fernandes apresenta-nos ‘O caminho das pedras’. Uma ficção sobre a vida dos trabalhadores estrangeiros num país Africano em época de guerra civil. Uma obra com a chancela Vírgula.
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