MISSÃO
«Trabalhei no meu trabalho
Dormi no meu sono
Morri na minha morte
E agora posso abandonarAbandonar aquilo que faz falta
E abandonar aquilo que está cheio
Necessidade de espírito
E necessidade no BuracoAmada, sou teu
Como sempre fui
Da medula aos poros
Do anseio à peleAgora que a minha missão
Chegou ao fim:
Reza para que me seja perdoada
A vida que leveiO Corpo que persegui
Perseguiu-me igualmente
O meu anseio é um lugar
O meu morrer, uma vela.»
in “Livro do Desejo” (Quasi Edições)
Tradução de Vasco Gato
Tem inspirado gerações com a sua personalidade singular e música inquietante, tornando-se num dos artistas mais originais e perduráveis a emergir dos anos 60. É um ícone da contra-cultura norte-americana e a sua trajectória destaca-se pela riqueza das letras e pela riqueza da escrita quer da prosa quer em versos.
Ganhou o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras de 2011, sucedendo a nomes como Amin Malouf e a outros autores como Mario Vargas Llosa, Camilo José Cela, Doris Lessing, Arthur Miller, Susan Sontag, Paul Auster e Amos Oz. Segundo o Júri, a sua obra retrata «a passagem do tempo, as relações amorosas, a tradição mística do Oriente e do Ocidente e a narração da vida como uma balada sem fim integram uma obra que está ligada a um momento decisivo de mudança.»
Celebramos Leonard Cohen, no dia em que festeja o seu 77.º aniversário.
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