Canção de Embalar Bonequinhas Pobres
“Menina dos olhos doces
adormece ao meu cantar:
Tenho menina de trapos,
Tenho uma voz de luar…Os meus braços são a lua
quando ela é quarto crescente:
dorme menina de trapos,
meu pedacinho de gente.”
Licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras de Lisboa e, em 1946, apresentou uma tese inovadora por considerar a reportagem como um género literário: “A Reportagem Como Género: Génese do Jornalismo Através do Constante Histórico-Literário.”
Recebeu um primeiro prémio no concurso do jornal O Século “Procura-se um Novelista”, e nos Jogos Florais Universitários de 1945, com o livro de contos ”Estrada sem nome”, que foi publicado em 1947.
Colaborou em diversos jornais e revistas, escrevendo geralmente sobre a arte da educação e do ensino. Escreveu, para adultos, contos em que descreve a realidade de uma forma poética. Além de ter estudado a literatura infantil, escreveu contos e livros de poesia, tentando transmitir aos jovens as suas ideias educativas e moralizadoras através de palavras delicadas em textos que também distraem e divertem.
Em 1980 recebeu o “Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura Para Crianças”, ex-aequo com Ricardo Alberty.
Fez parte dos corpos directivos da Sociedade Portuguesa de Escritores, foi sócia fundadora do Comité Português para a Unicef. Tem obras traduzidas no Brasil, na Roménia e na Moldávia.
Quando faria 90 anos, recordamos Matilde Rosa Araújo.
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