“A literatura é a infância por fim recuperada.”
Expoente da literatura hispano-americana contemporânea, a sua obra mostra personagens infelizes e o vazio da vida nas grandes cidades. Com uma visão de mundo tão lúcida quanto corrosiva, Onetti, leitor contumaz de Faulkner, Céline e Dostoiévski, dizia encontrar os seus temas em “sonhos diurnos”, através de um “impulso onírico”. Embora não tenha chegado a completar o ensino secundário, Onetti apresenta em toda a sua obra uma estrutura original, inovadora, que lhe deu o Prémio Cervantes de Literatura do ano de 1980.
Além do reconhecimento institucional, Onetti gozava de largo prestígio entre os escritores latino-americanos, como Gabriel García Márquez (de quem herdou boa parte da estrutura narrativa), Juan José Saer. Julio Cortázar, escritor e amigo, sobre ele constumava dizer: “el más grande novelista latinamericano” (o maior romancista latino-americano).
Quando passam 17 anos da sua morte, relembramos Juan Carlos Onetti.
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