“Acredito, sim, em inspiração, não como uma coisa que vem de fora, que “baixa” no escritor, mas simplesmente como o resultado de uma peculiar introspecção que permite ao escritor acessar histórias que já se encontram em embrião no seu próprio inconsciente e que costumam aparecer sob outras formas — o sonho, por exemplo. Mas só inspiração não é suficiente”.
Autor de uma vasta obra (romance, conto, ensaio), recebeu já vários prémios e está traduzido em mais de uma dezena de línguas. “O Centauro no Jardim”, “A Orelha de Van Gogh” (contos, Prémio Casa de las Americas), “Sonhos Tropicais”, “Contos Reunidos”, “A Paixão Transformada: História da Medicina na Literatura” e “A Mulher Que Escreveu a Bíblia” são alguns dos títulos que compõem a sua vasta obra.
Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 2003 e foi distinguido com o prémio Jabuti, o mais importante da literatura brasileira, em 1988, 1993, 2000 e 2009, o último dos quais pela obra “Manual da paixão solitária”, a última que escreveu.
Faleceu no dia 27 de Fevereiro deste ano. Se fosse vivo, faria hoje 74 anos. Falamos de Moacyr Scliar.
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