«Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo.»
Acerca dele se afirmou: «No século dezanove foi o pensador que teve, de longe, a influência mais directa, deliberada e poderosa sobre a Humanidade» (Isaiah Berlin).
O seu pensamento define-se essencialmente em oposição ao idealismo Hegeliano, embora dele retome a concepção dinâmica da realidade e os princípios da dialéctica, reinterpretando-os à luz de uma concepção materialista.
Defende que não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas o seu ser social que determina a consciência. É a partir dessa premissa que constitui o sistema do materialismo histórico, segundo o qual os processos económicos estão na base de toda a evolução da humanidade.
A história das sociedades é encarada como um longo processo dialéctico em que as classes oprimidas, vítimas de relações de produção desiguais, se revoltam contra as classes dominantes, instaurando uma nova ordem económica. A luta de classes percorre, portanto, todo o devir da humanidade, desde a antiguidade.
Debruçou-se em particular sobre a formação e a essência do capitalismo considerando que este se fundamenta numa apropriação indevida da mais-valia gerada pelo trabalho numa lógica de acumulação e concentração de riqueza que deixa completamente de lado a função social do trabalho e reduz o proletariado a um estado de alienação em que o trabalho deixa de ser um factor de realização pessoal. A religião, que classifica como «ópio do povo», associa-se a esse processo de alienação, prometendo aos proletários uma satisfação extra mundana em troca da sua submissão à ordem estabelecida. (via @Infopédia)
Falamos de Karl Marx, quando passam 128 anos da sua morte.
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