«Vamos ficar por aqui, a fazer aquilo que podemos e sabemos, certos de que fazemos muito pouco em relação aos sonhos que moram no nosso destino e que talvez façamos muito se tivermos em conta aquilo de que somos feitos.»
(in “O Riso de Deus”)
Foi presidente do Instituto Português do Livro. Traduziu Jorge Luis Borges e Jacques Maritain, tendo colaborado em vários periódicos (A Capital e O Semanário, por exemplo), com uma publicação regular de crónicas, algumas das quais já reunidas em obras como O Tempo nas Palavras.
A sua obra literária, repartida entre a ficção e o ensaio de memórias pessoais e colectivas (com destaque para os dois volumes de Peregrinação Interior), funda-se num princípio unificador: o da busca de uma unidade interior que seja a razão para que, na sociedade contemporânea portuguesa, “certas coisas aconteçam sem que eu saiba como nem porquê e sem me darem em troca nada de melhor” (cf. Peregrinação Interior I, p. 23).
Dois anos após a sua morte, recordamos António Alçada Baptista.
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