“Existe uma certa grandeza em repetir todos os dias a mesma coisa. O homem só vive de detalhes e as manias têm uma força enorme: são elas que nos sustentam” (in “Húmus”)
A sua infância foi marcada pela paisagem física e humana da zona piscatória da Foz do Douro, frequentou o curso superior de Letras, mas acabou por ingressar, um pouco contra vontade, na carreira militar, da qual se reformaria aos 45 anos, e que em muito condicionou toda a sua vida, até mesmo por, em virtude da sua colocação em Guimarães, aí ter conhecido aquela que viria a ser sua mulher. Nas suas próprias palavras, “no tempo em que fui tropa, vivi sempre enrascado”, mas, paralelamente, manteve uma carreira de jornalista e foi publicando uma extensa e multifacetada obra literária, que o tornaria um dos escritores que, a par de Fernando Pessoa, mais influíram na evolução da literatura portuguesa do século XX. Hoje, quando passam 80 anos da sua morte, destacámos este insigne autor, prosador, ficcionista, dramaturgo e pintor.
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