«Que saudades eu sinto desta flor,
Que vai murchar! E desta gota de água e de esplendor,
Um pequenino mundo que é só mar.
E desta imagem que por mim passou
Misteriosamente.
E desta folha pálida e tremente
Que tombou…
Da voz do vento que me deixa mudo,
E deste meu espanto de criança.
Que saudades de tudo eu sinto, porque tudo
É feito de lembrança… »
in Versos Pobres (1949)
Poeta e ensaísta, integrado no movimento cívico e cultural portuense “Renascença Portuguesa”, e co-fundador de ”A Águia”, em 1911. Foi um dos principais teorizadores do Saudosismo, movimento literário, religioso e filosófico de autoconhecimento e reconstrução nacional, desencadeado pela convulsão política e social de 1910. Em ”A Vida Portuguesa”, a Saudade é definida como “o próprio sangue espiritual da Raça, o seu estigma divino, o seu perfil eterno”.
Em Portugal, a sua obra é lida com entusiasmo e admiração pela elite intelectual da época, desde Pessoa a Sá-Carneiro, Mário Cesariny e Alexandre O’Neill, António Maria Lisboa e Eugénio de Andrade, Pedro Oom e Mário Henrique Leiria. Durante este período muitas das obras de Pascoaes são dadas a conhecer a leitores estrangeiros, tornando-se o escritor português mais traduzido e sendo louvado por escritores como García Lorca e Unamuno.
No 133.º aniversário do seu nascimento, destacamos Teixeira de Pascoaes.







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