“José Marmelo e Silva é um caso singular, na novelística portuguesa contemporânea. Devem-se-lhe algumas das páginas superiores que se escreveram entre nós, nos últimos cinquenta anos. Nem todos deram por isso, o que não surpreende num meio literário «exemplarmente» corrupto. Já aqui o sublinhei: nunca tantos disseram bem de tantos; nunca levas compactas de parceiros, irmanadas no elogio mútuo, se afirmaram como hoje. Os italianos chamam-lhe mafia. E quem não paga o contributo fica de fora. Era o caso de Marmelo e Silva.” (Manuel Poppe)
Devido à publicação de “Sedução”, teve de concluir a licenciatura em Filologia Clássica na Faculdade de Letras de Lisboa, onde apresentou uma tese sobre Virgílio, “Um sonho de paz bimilenário: a poesia de Virgílio”.
Colaborou no semanário lisboeta O Diabo, com o pseudónimo Eduardo Moreno, e na revista Presença, de Coimbra, cidade em que conviveu com o grupo neo-realista.
A sua obra “Sedução” foi considerada «Obra-prima», por Baptista Bastos, «narração da força do desejo», por Urbano Tavares Rodrigues, um «livro de combate, um livro indisciplinador», segundo José Saramago.
Foi agraciado, em 1987, com a medalha de ouro da cidade de Espinho e foi condecorado, pelo então Presidente da República, Mário Soares, em 1988, com o grau de Comendador da Ordem de Mérito.
Quando passam 11 anos após a sua morte, relembramos José Marmelo e Silva.







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