A ÁRVORE DOS DESEJOS
“Recordei-a como a árvore dos desejos que morreu
E vi-a subir, inteira, até ao céu,
Deixando um rasto de tudo o que se cravaraPor cada carência, uma e outra vez, na têmpera
Da sua casca e sâmago: moeda, alfinete e prego
Desfraldaram dela como uma cauda de cometaRecém-cunhada e dissolvida. Tive uma visão
De uma ramada aérea atravessando húmidas nuvens,
De rostos erguidos, onde a árvore estivera.”
(tradução de Rui Carvalho Homem)
É um poeta Irlandês, considerado um dos maiores em língua inglesa. Em 1995, recebeu o Prémio Nobel da Literatura, em 2006 conquistou o Prémio T.S. Eliot e em 2009 foi distinguido com o Prémio David Cohen que é atribuído de dois em dois anos pela homónima fundação britânica e que já havia distinguido anteriormente nomes como, V.S. Naipaul, Harold Pinter, Muriel Spark e Doris Lessing.
O impulso para escrever poesia manifestou-se apenas aos 23 anos, com o incentivo do crítico e então professor Philip Hobsbaum, mas a actividade poética não lhe retirou o gosto pela educação. O autor leccionou Literatura em diversas universidades, entre as quais, Harvard (Estados Unidos) e Oxford (Inglaterra).
Falamos de Seamus Heaney no dia em que celebra o seu 72.º aniversário.







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