“O mundo está a jeito de ditaduras alcançáveis por voto, por terrorismo, por demagogia, por coacções de imprevisíveis consequências.”
Jornalista premiado e escritor galardoado, tem mais de 20 livros publicados nos géneros de reportagem, teatro, romance, narrativa e conto.
Trabalhou em vários jornais e revistas como Diário de Lisboa, Diário de Notícias, A Luta, JL, O Jornal, Público, Visão, entre outros. Colaborou em vários programas de rádio, de que se destaca Café Concerto, de Maria José Mauperrin, na Rádio Comercial, nos anos 80. Na RTP, em 1991/2, apresentou uma rubrica sobre literatura. Dirigiu os “Cadernos de Reportagem” e foi co-editor das edições Relógio de Água.
Em 2005, foi agraciado pelo Presidente da República com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique. Falamos de Fernando Dacosta quando celebra o seu 66.º aniversário.
Não pode (não deve) haver memórias selectivas. Mas parece que já não há memória do estranhamente “desaparecido” livro do Rui Mateus. Nada de investigação, nada de julgamento, menos ainda de condenação. Muito menos a muito esperada republicação. Porquê? Não há respostas, porque, curiosamente, parece que estão proibidas as perguntas. Na prática estão mesmo. Em Itália, um chefe de governo socialista, Benito Craxi, morreu no exílio, fugido à Justiça, que o julgara e condenara. Acho que devíamos ter vergonha. E os olhos bem abertos. Os dois. Cumprimentos.
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Betino Craxi, perdão…
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Pena que seja mais um a fazer silêncio sobre o livro do Rui Mateus. Autêntica conspiração de silêncio, autêntica “omertá”.
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Mas a democracia foi sempre um sistema suicidário. Encerra em si mesma a própria destruição. A não ser que seja meramente formal, como é o nosso e a maioria dos casos. E não há nada pior nem mais cínico que uma ditadura “democrática”, em que o voto pode ser atirado à cara do eleitor responsabilizando-o pela iniquidade do resultado. É, aliás, a prática corrente.
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