“Olhando à volta
eu via que não era Narciso,
a areia do deserto não me mentia,
não me deixava mentir,
fazia-me capaz de me não ver na face que não era a minha:
– Tinha perdido ainda sem ter nascido a minha geração
na massa de que as energias sisíficas se carregam:
isótopos dos livros que sonhava em escrever.”
(Retirado do livro ‘Poemas escritos em folhas de papel brilhante’,
de Norberto do Vale Cardoso)
Norberto do Vale Cardoso apresenta-nos, através do SitiodoLivro.pt, a auto-publicação ‘Poemas escritos em folhas de papel brilhante’. É um livro que congrega quarenta e nove poemas, organizados em três partes, a que o autor atribuiu o título de ‘Dolos’. O ‘Dolo’ de abertura intitula-se ‘O espírito move a massa’, a ele se seguindo ‘Os monstros movem os sonhos’ e, finalmente, o terceiro e último ‘Dolo’, ‘Do Imóbil Fado’. A frase que dá título ao livro de Norberto do Vale Cardoso é baseada numa cifra usada como código de guerra.
http://www.sitiodolivro.pt/pt/livro/poemas-escritos-em-folhas-de-papel-brilhante/9789892025216/
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